Isaías 55.13

"Em lugar de espinhos crescerá o cipreste, em lugar da sarça, crescerá a murta; isso resultará em renome para o Senhor, para sinal eterno, que não será destruído." Is.55.13

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Decepção

A decepção acontece quando esperamos o bem de alguém, mas o mal é que bate a porta, quando planejamos algo que não acontece da meneira que programamos.  Os decepcionados não contam com o lado escuro da alma humana, somente com o belo do ser. Nos decepcionamos com os filhos, com esposo, esposa, pais, chefes, pastores, igrejas e amigos. Não podemos fugir dos desencontros e desventuras da vida, pois a vida mesmo se encarrega de nos colocarmos em confronto com  uma realidade jamais desejada. Quem conhece o coração dos homens? Já dizia o velho ditado: "O coração é terra que ninguém pisa", mas somente Deus conhece o nosso coração e entra lá dentro e vasculha nossa interioridade e traz a tona sentimentos e emoções vividos por cada um de nós. A decepão desarticula a ação em relação ao outro e agimos sempre conforme o que pensamos ser o certo. Em meio a lágrimas e noites em claro, pensamos que nunca mais confiaremos tanto assim... Fico pensando quando Jesus ouviu Pedro dizer: "Mestre de maneira nenhuma deixarei que isto aconteça com você, irei contigo onde fores, até mesmo morrerei por ti" e logo depois Pedro o negou por três vezes dizendo: "Não conheço este homem, nunca o vi."  Jesus conhecia a Pedro, mas Pedro tinha que se conhecer. Aquele temperamento impulsivo de Pedro,  teria que passar pelo crivo de Deus. Jesus tinha o tempo oportuno para dar mais uma  chance à Pedro . Jesus sempre espera o melhor de nós, mesmo conhecendo a nossa  humanidade, essa "velha estrutura" que veio do pó. Jesus não desiste de nós, mesmo sabendo que podemos ainda decepcioná-lo em algum momento de nossa vida, e ele sempre vai nos dar uma segunda chance, um novo começo, um novo encontro, como fez com Pedro, depois da ressurreição. Exatamente por três vezes Jesus perguntou a Pedro: Pedro tu me amas? Então cuida das minhas ovelhas. Estas palavras foram cravadas no coração de Pedro e com lágrimas ele disse: "Senhor tu sabes de todas as coisas e sabes que eu te amo." A decepção só existe quando não nos abrimos para dar uma chance a quem nos feriu e quando insistimos em não perdoar quem nos ofendeu.

Palavra que eu recebi de madrugada do dia 16.12.11, depois de um duro confronto.

Lécia Mendonça 

sábado, 3 de setembro de 2011

Um recado de Deus

Imagine você recebendo um aviso de morte. Não um aviso qualquer ou de qualquer um, mas o aviso de Deus, dizendo que dentre "algum tempo" você morreria. O tempo de vida restante poderia ser uma semana ou alguns meses. Como reagiria diante da vida escapando por entre os dedos? Como resolveria os problemas ou não resolveria? Como contaria para sua esposa, esposo e filhos? Pediria perdão a alguém, perdoaria alguma ofensa ou perdoaria aquelas dívidas caducas? O que poderia ser feito em tão pouco tempo ou muito tempo para fazer tão pouco? A bíblia diz que o profeta Isaías, filho de Amós veio ter com Ezequias, com o recado de Deus e lhe disse: "Assim diz o Senhor; Põe em ordem a tua casa, porque morrerás e não viverás." (Is 38.1) Vejo a bondade de Deus embutida neste imperativo divino, pois o Deus que pode dar a vida e tirá-la, dá o "tempo" necessário a Ezequias, para pôr em ordem sua vida, afim de  morrer organizado. Tem muita gente morrendo de qualquer jeito, sem se arrepender, sem se consertar, desalinhado e desorganizado com a vida com Deus e com os outros. Em nossa cultura, não falamos sobre morte de bom grado, pois a morte causa pavor e ninguém sabe como ela chegará, e não lidamos bem com o desconhecido. Mas Deus falou com Ezequias de forma clara e objetiva: "Sua vida está fora de ordem, põe-na em ordem, porque morrerás."  Uma vida desalinhada e fora dos parâmetros de Deus pode ser perigoso para quem precisa rever conceitos e valores diante da morte. Imagine em sua casa, se todas as vezes que procurasse suas escovas de dentes, elas estivessem na geladeira, o óleo de cozinha dentro do guarda-roupas, os temperos no banheiro. Que desordem, que bagunça! Deus sempre vem checar em nós, se estamos vivendo conforme os valores de Deus e Ele mesmo pede-nos conta disto. A nossa casa espiritual não deve ser uma constante desorganização, com emoções desequilibradas, o coração tomado de orgulho e inveja e toda espécie de coisas ruins, tendo ações e reações equivocadas. Mas Ezequias, diante de tal aviso "virou o rosto para a parede, e orou ao Senhor." (Is 38.2) A parede foi para Ezequias sua confidente, mesmo fria e sem voz de consolo, ele se voltou para ela, em copiosas lágrimas,  orou e buscou quem deu a ele o verédito.  Ezequias foi direto à Fonte da Vida, e ousadamente disse: "Lembra-te, Senhor, peço-te, de que andei diante de Ti com fidelidade, com inteireza de coração e fiz o que era reto aos teus olhos e chorou muitíssimo." (Is.38.3) A coragem de Ezequias em se apresentar diante de Deus, mesmo com suas limitações, atraiu a atenção do grande Juiz, para ser julgado por Ele. "Então veio a palavra do Senhor a Isaías, dizendo: Vai e dize a Ezequias: Assim diz o Senhor, o Deus de Davi teu pai: Ouvi a tua oração e vi as tuas lágrimas; acrescentarei, pois aos seus dias quinze anos. Livrar-tei das mãos do rei da Assíria, a ti e a esta cidade, e defenderei esta cidade. Ser-te-á isto da parte do Senhor como sinal de que ele cumprirá esta palavra que falou: Eis que farei retroceder dez graus a sombra lançada pelo sol declinante no relógio de Acaz. Assim retrocedeu o sol os dez graus que já havia declinado." (Is. 38. 4 a 8). Deus nunca muda, mas altera planos na vida de quem com  coração arrependido e contrito o busca  e com olhos compungidos se coloca diante dele pedindo socorro.


Lécia Mendonça

sábado, 6 de agosto de 2011

Pedras

Quem nunca levou uma pedrada na vida!  Não estamos isentos de levarmos pedradas na medida em que caminhamos na vida cristã. Existem pedras de vários tamanhos e muitas vezes elas são arremessadas contra nós violentamente,  pedras grandes e pequenas. A Bíblia fala de algumas pedras, e podemos tirar lições preciosas a respeito de cada uma delas. Quando Jesus foi levado pelo espírito ao deserto para ser tentado pelo diabo, uma de suas tentações, foi para que Jesus transformasse "pedras" em pães. Satanás usou ali as pedras do deserto para que Jesus usasse o seu poder para matar a sua fome. Jesus declarou que devemos ter fé em Deus, e disse que nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus. E Ele disse: "Se um filho pedir pão lhe dará pedras". Pedras não tem sabor e não mata a fome de ninguém, e dependendo da força que é lançada, pode até matar. A mulher adúltera foi apanhada em flagrante adultério e disseram a Jesus, com intenção de tentá-lo: "Na lei nos mandou Moisés que tais mulheres sejam apedrejadas". As pedras eram verdadeiras armas de guerra, para a condenação de quem praticasse tal ato. Paulo foi apedrejado por pregar o evangelho de Jesus Cristo, a ponto de o considerarem como morto.  Estevão, homem de Deus, fiel e separado para o Reino de Deus, falou dos mistérios de Deus e os religiosos o ouvindo, muito se enfureceram em seus corações por causa de suas palavras e rilhavam os dentes contra ele. Mas Estevão cheio do Espírito Santo fitou os olhos no céu e viu a Glória de Deus e Jesus que estava à sua direita, e disse: Eis que vejo os céus abertos e o Filho do homem em pé a destra de Deus. E apedrejavam a Estevão que invocava e dizia: Senhor Jesus recebe o meu espírito! Então, ajoelhando-se clamou em alta voz: Senhor, não lhes imputes este pecado. Com estas palavras adormeceu. (Atos 7.54 a 60)  E ele no momento de sua morte, viu os céus abertos e Jesus de pé, para o defender. Ele se põe de pé, quando um servo  é apedrejado. Mas existem pedras que são usadas  para dar vitória ao povo de Deus. O corajoso Davi, apanhou do ribeiro cinco pedras lisas e enfrentou  Golias, o filisteu e  com apenas uma pedra derrubou o filisteu, uma pedra foi o suficiente para derrubá-lo e cortou-lhe a cabeça. Deus se utilizou de uma simples pedra para dar a vitória ao seu povo diante de seu inimigo. E a bíblia diz: "E Josué escreveu estas palavras no livro da lei de Deus; tomou uma grande pedra, e a erigiu ali debaixo do carvalho, que estava em lugar santo ao Senhor. Disse Josué a todo o povo: Eis que esta pedra nos será testemunha, pois ouviu todas as palavras que o Senhor nos tem dito; portanto será testemunha contra vós outros para que não mintais a vosso Deus". (Josué 24.26,27) Sejam as pedras, utilizadas para nos dar vitória ou serem armas de guerra contra nós, levantemos pois, um altar de adoração a Deus com elas e demos a Ele a glória e o louvor que lhe é devido.

Lécia Mendonça

terça-feira, 2 de agosto de 2011

José

Esta é a história emocionante de um jovem sonhador, chamado José, que foi levado ao mais alto nível de vida com Deus, mas precisou descer na masmorra fria e fétida do Egito. Ele foi incompreendido pelos seus irmãos e invejado por causa da bênção de Deus em sua vida. Seus irmãos intentaram contra a sua vida, por isso o venderam como um escravo e o lançaram em uma cisterna. Ele gritou do fundo da cisterna e seu grito ecoou pelas terras de Canaã, mas seus irmãos fingiram-se de surdos e ignoraram seu pedido de socorro. Em meio ao seu abandono e sofrimento, passava por ali uma caravana de mercadores, que pararam e se interessaram na “mercadoria” humana. A caravana foi o veículo que Deus usou para transportar José para o lugar de sua honra. Quando estiver passando pelo vale de aflições, Deus vai mandar o transporte para o lugar da sua vitória. Deus tem as “caravanas do livramento” para que ao invés da vergonha tenha dupla honra. Isto não é uma utopia,  é real o escape diante da dor e do sofrimento. Há sempre uma saída para os escolhidos de Deus.  José foi levado para o Egito, mas  não se tornou "José do Egito", a sua aliança com o Deus de seu pai Jacó, fez com que ele não abrisse mão de sua vida consagrada. Quanto mais baixo ele descia, mais fiel se tornara ao Senhor. De masmorra em masmorra, a bênção da abundância de Deus fluía sobre sua vida. Ele era próspero e abundante em tudo que fazia, porque Deus era com ele. Ele foi assediado e caluniado pela esposa de Potifar, por isso foi lançado em prisões e colocaram ferros em seus pés. Quando chegou na masmorra, sua liderança espiritual foi demonstrada perante os prisioneiros e a bênção de Deus o colocou em uma posição de destaque.  A bíblia diz que José interpretava sonhos e quando interpretou os sonhos do padeiro-mor e do copeiro-mor na prisão, aconteceu exatamente como disse. O padeiro-mor foi enforcado e o copeiro-mor foi reestabelecido em sua função diante de faraó. Passados dois anos inteiros, o copeiro não se lembrou de José, antes, se esqueceu dele, mas Deus não havia se esquecido de José em seu sofrimento. Faraó teve um sonho e ninguém foi capaz de interpretá-lo e Deus em sua infinita bondade e misericórdia fez com que o copeiro-mor se lembrasse de José e dissesse a Faraó, que havia conhecido um jovem hebreu que fora capaz de interpretar os seus sonhos na prisão. Faraó mandou chamar a José e o fez sair da cova; e barbeou-se, e mudou as suas vestes, então veio José até Faraó e  interpretou o seu sonho. E disse Faraó: “Acharíamos um varão como este, em que haja o Espírito de Deus. E disse a José: Pois que Deus te fez saber tudo isto, ninguém há tão inteligente e sábio como tu”. Deus honra a José, colocando um anel em seu dedo e o vestindo de linho fino e pôs um colar em seu pescoço e disse: “Tu estarás sobre a minha casa, e por tua boca se governará todo o meu povo; somente no trono eu serei maior que tu”. A vida de José é um exemplo, à todos que descem às covas profundas e vales de aflição nas estradas da vida. José confiou em Deus e em sua promessa e não desistiu de esperar Nele, e certo de que os sonhos de Deus são maiores que seus sonhos. Não guardou em seu coração a mágoa e o rancor por aqueles que queriam o seu mal, mas José disse aos seus irmãos: “Não temais; porque, porventura, estou eu em lugar de Deus! Vós intentastes mal contra mim, porém Deus o tornou em bem, para fazer como se vê neste dia, para conservar em vida a um povo grande. Agora, pois, não temais; eu vos sustentarei a vós e a vossos meninos. Assim, os consolou e falou ao coração deles”. (Gn 50.19,20,21) Deus é Fiel!

Lécia Mendonça

terça-feira, 19 de julho de 2011

O Silêncio de Deus

Abster-se de falar é um mecanismo revelador de Deus. O seu silêncio fala-nos a respeito de sua soberania e onipotência. Viver  sobre a  ausência das palavras divinas é confrontador e revela os sentimentos mais íntimos do coração humano. É como ter o pão e não poder fartar-se, ter vestimentas e sentir-se nu.  O silêncio de Deus é precioso  para descobrirmos o real sentido de caminhar comprometidos com Ele. No silêncio, os nossos olhos se voltam para os montes de dúvidas e questionamentos, surge então a pergunta: "De onde vem o meu socorro!" Quando a perplexidade bate à porta e não há palavras, tentamos procurar respostas para nós mesmos, àquelas que gostamos de ouvir. Quando Deus se cala, ele trabalha através da calma de suas ações, na serenidade de seu trono e na força de seu Poder, como diz o salmista: "Pelo mar foi o teu caminho, as tuas veredas pelas grandes águas, e não se descobrem os teus vestígios." (Sl 77.19) O silêncio de Deus é como o oceano sem ondas, como estar no deserto e o sol escaldante. As ações de Deus acontecem mesmo que ninguém a perceba e no seu silêncio, as dúvidas querem tomar o lugar da convicção de quem somos e de quem é Deus. Somos provados pelo teste do tempo e do silêncio e mesmo sem respostas imediatas, somos levados a ter uma compreensão maior de Deus e o seu trabalho sútil. Deus não vai tirar o seu olhar de nós, para que possamos perceber, que em meio a efémera condição humana, suportar o seu silêncio é o grande teste da caminhada cristã, para conhecermos a Deus e sermos conhecidos por Ele. Deus não permanecerá calado mais do que o necessário, até que vejamos com os próprios olhos, o que nos tornamos a medida em que "crescemos". O amadurecimento espiritual é medido através do silêncio divino e na disposição em ouvir tudo o que ele tem a dizer, apenas com seu coração.

Lécia Mendonça

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Pai Nosso

O Pai é o Genitor, Gerador, Protetor, Fundador e Autor. Pai é a manifestação mais sublime da natureza de Deus. É também denominado de El Shaday, o Deus auto-suficiente, eternamente capaz de ser tudo o que o seu povo precisa. Ele é Pai, não só meu, nem só seu, é o Pai nosso! A Bíblia diz: "Deus é bom para todos e faz vir sua chuva sobre maus e bons."  O modelo da prece que Jesus nos ensinou deve ser vivenciado no cotidiano de todos aqueles que crêem. O Pai está no céu, o lugar da sua habitação, uma dimensão onde não existe pecado. Santificado seja o teu nome, estabelece a adoração mais íntima a Deus. Venha o teu Reino, é a súplica que do que clama, para que seu governo sagrado seja estabelecido na terra. Seja feita a tua vontade tanto na terra, como no céu. A vontade do Senhor e não a dos homens será feita na face da terra. O Pão nosso de cada dia dá-nos hoje. Deus é o provedor de todas as nossas necessidades diárias. Basta a cada dia o seu mal. Perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores. O Perdão de Deus é o acesso a verdadeira vida, sem cravos e espinhos, nos tornando aptos para perdoar também. Não nos deixe cair em tentação, mas livra-nos do mal é o clamor por uma proteção constante em um mundo mal e sem amor. Tudo é do Pai, o Reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém!

Lécia Mendonça

segunda-feira, 4 de julho de 2011

O Trabalho de Deus tem Recompensa!

 Trabalho é a execução de uma tarefa, uma aplicação da atividade física, intelectual ou espiritual em um determinado serviço. Todo trabalho para Deus tem recompensa e trabalhar para Ele, é mais do que ser fichado em uma grande empresa, ter um chefe cobrando resultados, e  no fim do mês receber o suado salário. Quando somos chamados para a obra de Deus não pensamos em receber nada em troca, e longe de fazer barganha com Deus. Mas a bíblia diz que: "Devem ser considerados merecedores de dobrados honorários os presbíteros que presidem bem, com especialidade os que se afadigam na palavra e no ensino. Pois a Escritura declara: Não amordaces o boi, quando pisa o grão. E ainda: O trabalhador é digno do seu salário." (1 Tm 5.17, 18) Há muito tempo ouvi alguém dizer que Deus não fica devendo nada a ninguém, e não fica mesmo!  Obreiros incansáveis pregam a palavra de Deus pura, andam de casa em casa, comem arroz e feijão, evangelizam  e ainda tem  "tempo" necessário para discipular pessoas para o Reino de Deus separam tempo para orar e buscam direção para falar.  A Bíblia diz: "Deus é o galardoador dos que o buscam". (Hb 11.6)  Deus é o recompensador generoso para retribuir aqueles que com um coração sincero servem a Ele. Líderes religiosos, com uma psêudo-espiritualidade, fazem parte de um sistema religioso falido,  que distorcem a palavra de Deus e oprimem obreiros a fazerem somente o que querem que eles façam.  Não permitindo que tais homens e mulheres de Deus  expressem suas convicções, vivendo sob o julgo de homens ditadores e manipuladores da fé.  Não devemos esperar a recompensa da parte dos homens, pois os homens são desprovidos das riquezas celestiais. A bíblia diz que Deus é o dono do ouro e da prata, e é poderoso para suprir todas as necessidades e Ele está assentado em um alto e sublime trono e onde o trono de Deus habita não há crises! Paulo teve uma grande compreensão de seu trabalho para Deus e não para o homem, e queria agradar a Deus, então ele disse: "Porventura procuro eu agora o favor dos homens, ou o de Deus? ou procuro agradar a homens? Se agradasse ainda a homens, não seria servo de Cristo." (Gl.1.10) Paulo não hesitou, e foi contundente em defender o seu trabalho para  Deus e o  desejo em agradá-lo. Em Isaías foi profetizado a respeito do Messias: "Ele verá o fruto do penoso trabalho de sua alma, e ficará satisfeito; o meu servo, o Justo, com o seu conhecimento, justificará a muitos porque as iniquidades deles levará sobre si." (Is 53.11) Jesus trabalhou em prol do Reino de seu Pai e exaltou o trabalho divino: "Meu Pai trabalha até agora e eu trabalho também" (João 5.17) O trabalho de Deus, deve ser feito com  consciência pura,  pois nem o que planta, nem o que rega é alguma coisa, mas Deus que dá a recompensa. "Ora o que planta e o que rega são um; e cada um receberá o seu galardão, segundo o seu trabalho." (1Co 3,7,8) A defesa de Paulo relatada em 1 Coríntios 9.1  é também a defesa de muitos obreiros que estão nos campos, passando por necessidades financeiras e emocionais, vivendo apenas com o "básico" para dignamente manterem suas famílias e cumprirem seus compromissos, tendo então de buscarem outros meios  para não serem pesados a ninguém. Não recebendo palavras de ânimo e encorajamento a não desistirem, em meio a adversidades, problemas e perseguições.  Paulo sentiu na pele quando disse: "Não temos nós o direito de comer e beber?" O apóstolo Paulo se coloca como aquele que tem necessidades como qualquer outro que faz a obra de Deus  e  tem o direito de viver uma vida "normal", comendo, bebendo e descansando etc.  E disse mais: "Ou somente  eu e Barnabé não temos direito de deixar de trabalhar? Quem jamais vai a guerra à sua própria custa? Quem planta  a vinha e não come do seu fruto? Ou quem apascenta um rebanho e não se alimenta do leite do rebanho? Porventura falo isto como homem, ou não o diz também a lei? Porque na lei de Moisés está escrito: Não atarás a boca ao boi que debulha. Acaso é de bois que Deus se preocupa? Ou é seguramente por nós que ele o diz? Certo que é por nós que está escrito; pois o que lavra, cumpre fazê-lo com esperança; o que debulha faça-o na esperança de receber a parte que lhe é devida. Se nós vos semeamos as coisas espirituais, será muito recolhermos de vós bens materiais. Se outros participam desse direito sobre vós, não o temos nós em maior medida. Entretanto não usamos desse direito; antes suportamos tudo, para não criarmos qualquer obstáculo ao evangelho de Cristo. Não sabeis vós que os prestam serviços sagrados, do próprio templo se alimentam? E quem serve ao altar, do altar tira o seu sustento? Assim ordenou também o Senhor aos que pregam o evangelho, que vivam do evangelho; eu porém, não me tenho servido de nenhuma destas coisas e não escrevo isto para que  assim se faça comigo; porque melhor me fora morrer antes que alguém me anule esta glória".  (1Co 9.1 a 15) O texto citado é a Palavra de Deus,  a própria verdade. E está escrito: " a Palavra de Deus é viva e eficaz e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes e apta para discernir os intentos do coração, e faz separação entre alma e espírito, juntas e medulas". (Hb 4.12) Mas graças a Deus, porque existem obreiros que trabalham para Deus, e o Senhor, o Dono da Seara, se encarrega de suprir todas as  necessidades de cada um.  E o Livro da Vida diz:  " Portanto, meus amados irmãos, sede firmes, inabaláveis e sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o vosso trabalho não é vão." (1Co 15.58)



Lécia Mendonça

sábado, 25 de junho de 2011

Um Profeta Notável

"Mas o anjo lhe disse: Zacarias, não temas, porque a tua oração foi ouvida, e Izabel, tua mulher, dará à luz um filho, e lhe porás o nome de João. (Lc 1.13) Onde estão os profetas que falam em Nome de Deus, onde estão os profetas que denunciam o pecado, onde estão os profetas que não tem medo de perderem suas cabeças! Eis os profeta de Deus! Seu nome é João Batista, o seu pai era chamado Zacarias e sua mãe Izabel, eles não tinham filhos e ela era estéril. Eles eram justos diante do Senhor e viviam irrepreensivelmente em todos os mandamentos e preceitos do Senhor. O nascimento de João Batista foi anunciado pelo anjo Gabriel, que assiste  diante de Deus, e ele foi enviado a trazer as boas novas. O anjo disse: "E terás prazer e alegria, e muitos se alegrarão no seu nascimento, porque será grande diante do Senhor e não beberá vinho nem bebida forte, e será cheio do Espírito Santo, já desde o ventre de sua mãe." (Lc1.14,15) João significa "O Senhor (Jeová) mostrou privilégio (Graça)". João Batista foi o arauto da chegada do Messias, a plena dádiva da graça divina. Ele foi consagrado como um nazireu, um varão separado do pecado e a fonte de sua inspiração foi sempre o Espírito Santo. Deus escolhera seu nome a despeito da discordância de todos da sua família, chegando a surgirem grandes questionamentos a respeito de quem seria aquele menino. E a mão do Senhor era com ele. Naqueles dias, João Batista apareceu pregando no deserto da Judeia e dizia: "Arrependei-vos, porque é chegado o Reino dos céus." (Mt 3.1,2) A sua mensagem foi única, indélevel, onde o império romano dominava e o sistema religioso ditava as "leis". O cerne de sua voz era levar o povo a tomar a decisão de uma profunda  mudança no campo das ideias, que resulta à mudança dos objetivo e atitudes, ou seja o arrependimento das obras mortas. Mas como está escrito no profeta Isaías: "Eis que eu envio o meu anjo ante a tua face, o qual preparará o teu caminho diante de ti. Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas. (Mc 1.2,3) Ele pregava o batismo de arrependimento, para remissão de pecados. Suas vestes eram de pelos de camelo e tinha um cinto de couro em redor de seus lombos e sua comida era gafanhotos e mel silvestre. E dizia: "Após mim vem aquele que é mais forte do que eu, do qual não sou digno de, abaixando-me, desatar a correia das sandálias. Eu, em verdade, tenho-vos batizado com água; ele, porém, vos batizará com o Espírito Santo e com fogo." (Mc 1.7,8) No batismo de Jesus, João opôs-se dizendo: "Eu careço de ser batizado por ti, e vens tu a mim. Jesus, porém, respondendo, disse-lhe: Deixa por agora, porque assim nos convém cumprir toda a justiça. Então, ele o permitiu." (Mt. 3.14,15) João Batista não hesitou, e vendo  muitos fariseus e saduceus que vinham ao seu batismo, dizia-lhes: "Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da ira vindoura". Produzi, pois frutos dignos de arrependimento." (Mt.3.7,8) Ele foi encerrado manietado no cárcere por Herodes, por causa de Herodias, mulher de Filipe, seu irmão. E dizia a Herodes: "Não te é lícito possuir a mulher de teu irmão. E Herodias o espiava e queria matá-lo, mas não podia;"  (Mc 6.18,19 "Em uma grande festa de aniversário, onde a  filha de Herodia, que dançando e agradando a Herodes e aos que estavam com ele a mesa. Disse, então, o rei à jovem: pede-me o que quiseres, e eu to darei. E saindo ela, perguntou à sua mãe: Que pedirei. E ela disse: A cabeça de João Batista. Pediu ao rei dizendo: Quero que imediantamente, me dês num prato a cabeça de João Batista." (Mt.6.22a25) Matam-se os profetas, mas não a sua mensagem, prendem-se os apóstolos, mas nunca prendem a palavra viva e da verdade. Morre o sonhador, mas os sonhos de Deus, jamais vão morrer. João Batista recusou-se ser chamado de profeta, nem ousou ser como o Cristo. Ele disse: "Eu não sou o Noivo, sou apenas o amigo do Noivo, que muito se alegra por sua presença."  João Batista foi simplesmente um homem, que cumpriu sua missão em toda sua extenção e profundidade no seu tempo e agradou ao Dono de tudo, o Senhor de toda terra, a ponto de ser decaptado. Não acumulou riquezas aqui,  onde a traça e a ferrugem consomem, mas acumulou tesouros no céu, onde os ladrões, não podem roubar. Este foi João Batista, um homem notável em sua geração. A grandeza no reino de Deus, não são os diplomas nem os títulos, mas é um coração pequeno, disponível em ser tudo o que está no coração de Deus. Uma discussão muito frequente hoje: Quem é o maior, quem se destaca mais.   Mas a bíblia diz: "E eu vos digo que, entre os nascidos de mulheres, não há maior profeta do que João Batista; mas o menor no Reino de Deus é maior do que ele." (Lc. 7.28)



Lécia Mendonça

segunda-feira, 20 de junho de 2011

O Ministério de Amar

Uma das necessidades básicas do ser humano é ser amado. Na sociedade em que vivemos,  a iniquidade  tem se multiplicado e o amor se esfriado. As pessoas agem friamente em suas relações inter-pessoais, são calculistas e insensatas no tratamento de umas para com as outras. Pensam egoísticamente e por isso tem a sua mente desvinculada do Criador. O ego é massageado, ouvem apenas o que querem e não o que realmente precisam ouvir. Formando crentes cheios de  vícios e espiritualmente imaturos,  não gostam de dar, mas de receber.  Quando fazem parte de algum ministério na casa de Deus, fazem apenas o que lhes agradam e querem crescer a qualquer custo, ultrapassando limites e passando por cima de quem for.  São denominados de "cristãos master", eles não gostam de serem disciplinados,  não se submetem, então crescem com uma anomalia espiritual, chamada de "infanticristícos", pois a bíblia diz; "Irmãos, não sejais meninos no juízo; na malícia, sim, sede crianças; quanto ao juízo, sede homens amadurecidos." (1Co14.20) Precisamos entender uma verdade contundente,  que fazer ministério na casa de Deus, não nos  faz  espirituais e nem participantes da Natureza de Cristo. O fazer ministério para Deus, sem ser vaso de honra e útil para Ele, não tem valor. O fazer  para Deus, só tem valor quando somos desafiados a seguir os passos de Cristo e nos parecermos com Ele. O fazer é consequência do ser. “De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, que sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus. Mas aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens, e achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até a morte e morte de cruz.”  (Fl 2.5a8) Existe um ministério que poucos desejam, uma graça não  almejada, um ministério não aplaudido, não está na plataforma e nem nos holofotes, não faz parte de disputas ministeriais. Jesus nos deixou o exemplo para que pudéssemos segui-lo, ele exerceu o ministério mais profundo que existe, o ministério do amor. Jesus não se preocupou com títulos, ele amou pobres e ricos, religiosos e poderosos, cegos e coxos, publicanos e meretizes, os marginalizados, a escória da sociedade, aqueles que ninguém queria por perto,  ele amou o não-amável. Jesus tocou em leprosos, deixou ser tocado por uma prostituta e entrou na casa de um ladrão e comeu com ele.  Jesus simplesmente amou, ele amou a Deus e ao próximo, sem querer nada em troca, fez de sua vida a  expressão  exata do Pai, pois Deus é Amor. "Amados, amemo-nos uns aos outros, porque o amor procede de Deus; e todo aquele que ama é nascido de Deus, e conhece a Deus. Aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor. Nisto se manifestou o amor de Deus em nós, em haver Deus enviado o seu Filho unigênito ao mundo, para vivermos por meio dele." (1Jo.4.7a9) Este deve ser  o ministério que  devemos buscar incansavelmente, o ministério de amar.


Lécia Mendonça


sábado, 18 de junho de 2011

A Provação

Na vida,  não estamos isentos de  passarmos por  várias  provações, tais como: desprezo,  escassez, perseguições, doenças, portas fechadas.  Há dois tipos de provações: as provações externas e as internas. Quando passamos pelas provações na esfera externa, temos a tendência de buscarmos a Deus e clamarmos por socorro através de jejuns, orações, vigílias, então corremos para Deus. Nos humilhamos diante  das provas, a fim de nos vermos  livres dela.  A provação de Jó  o levou a uma circunstância tragicamente desconfortante, ele perdeu filhos e toda a sua riqueza, para reconhecer sua impotência diante de sua vida solapada pelas adversidades.  Este tipo de  prova vem  subtraindo tudo o que possuímos na dimensão externa de nossa existência, deixando-nos debilitados a ponto de não termos outra saída: buscarmos a Deus. Esta provação é chamada de "provação circunstâncial".  Quando passamos pelo caminho da prova externa, dependemos mais de Deus e a fragilidade é visível diante dos sofrimentos. Mas há um outro tipo de provação e a bíblia diz que: "O crisol é para a prata, e o forno para o ouro, mas o homem é provado pelos louvores que recebe." (Pv 27.21)  Acredito, esta ser a maior provação do ser humano: o louvor recebido por alguma realização de sucesso. Neste instante acontece a provação interna e ela mexe com quem somos por dentro, nossos valores, competências e habilidades, ela toca as fontes da vida: o nosso coração. Quando somos elogiados, pensamos não termos limitações e nos vemos como semi-deuses. Esperamos reconhecimentos e queremos ser colocados em um pedestal a fim de sermos vistos e aplaudidos.  A grande prova do ser humano não é a desventura, mas uma vida de sucesso projetada com  elogios viciadores, que enaltece o homem pó, nada mais que pó. Quando somos elogiados, precisamos correr imediatamente para Deus e a dependermos mais dele, a fim de não  abrigarmos o louvor a nós oferecido no coração e a pensarmos sobre nós além do que realmente somos. Este é o fio de prata da  vida: a provação através do  louvor.  O louvores feitos a nós e recebidos, nos enganam e nos deixam embebecidos diante do glamour do sucesso, então nos tornamos recebedores daquilo que não nascemos jamais para obter. Seremos reprovados na "prova interna"  se nos afastarmos da dependência de Deus, e longe da segurança do Senhor Jesus,  seremos acometidos da síndrome de Lucífer, da auto-suficiência e do orgulho. Sem a dependência de Deus,  não teremos equilíbrio interior, então o orgulho crescerá, dando lugar a altivez, que uma vez erguida e estabelecida em nosso coração, precederá a queda.


Lécia Mendonça

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Pastores Infiéis

Há alguns dias atrás, postei um texto com o título: "A Igreja de Hoje", que fala a respeito de vários tipos de membros existentes nas igrejas. Refletindo um pouco mais a respeito do assunto, percebi que seria oportuno escrever o outro lado da história, ou seja, sobre os pastores da igreja de hoje.   Este é um assunto preocupante e abordá-lo é de extrema responsabilidade,  pois esta é também minha missão; Pastorear. Acredito na alta missão de homens e mulheres pastorearem o rebanho de Deus, "não por constrangimento, mas espontâneamente, como Deus quer; nem por sórdida ganância, mas de boa vontade; nem como dominadores dos que vos foram confiados, antes tornando-vos modelos do rebanho". (1Pe 5.1 a 4) "Atendei por vós e por todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos, para pastoreardes a igreja de Deus, a qual ele comprou com o seu próprio sangue. (Atos 20.28) A igreja é de Deus, as ovelhas são de Deus, por isso devemos buscá-lo constantemente, a fim de entender qual seja a sua vontade, para executar sua obra. Existem alguns tipos de pastores e a bíblia diz que: "Os seus atalaias são cegos, nada sabem; todos são cães mudos, não podem ladrar; sonhadores preguiçosos, gostam de dormir. Tais cães são gulosos, nunca  se fartam; são pastores que nada compreendem, e todos se tornam para o seu caminho, cada um para a sua ganância, todos sem exceção". (Is.56.11)  É preciso uma maior compreensão  na sublime missão de apascentar o rebanho que nos foi confiado. Deus pedirá contas, do cuidado que devemos ter com as ovelhas que são dele. A mentalidade capitalista, faz com que líderes hoje se voltem apenas para o enriquecimento ilícito, invés de doar-se em favor do rebanho. "Porque os pastores se tornaram estúpidos e não buscaram ao Senhor; por isso não prosperaram, e todos os seus  rebanhos se acham dispersos".  (Jr.10.21) Somos chamados para congregar as ovelhas e não dispersá-las, trazê-las para a inclusão ministerial, a fim de se tornarem úteis para o reino de Deus. Incentivando-as a crescerem, através do discípulado sério e regular, da admoestação e da disciplina com amor. "Ai dos pastores que destroem e dispersam as ovelhas do meu pasto! diz o Senhor. Vós dispersastes as minhas ovelhas e as afugentastes e delas não cuidastes; mas eu cuidarei em vos castigar a maldade de vossas ações, diz o Senhor." (Jr. 23.1,2) Diz o Senhor: "O meu povo tem sido ovelhas perdidas; seus pastores as fizeram errar e as deixaram desviar para os montes; do monte passaram ao outeiro, esqueceram-se do seu redil."  (Jr. 50.6) Este é o tempo do despertamento dos pastores que apascentam o rebanho de Deus, no desempenho do serviço sagrado. A sentença contra os os pastores infiéis será executada pelo Senhor, o Dono das ovelhas. A bíblia diz: "Veio a mim a palavra do Senhor, dizendo: Filho do homem, profetiza contra os pastores de Israel; profetiza e dize-lhes: Assim diz o Senhor Deus: Ai  dos pastores de Israel que se apascentam a si mesmos! Não apascentarão os pastores as ovelhas! Comeis a gordura, vesti-vos da lã e degolais o cevado; mas não apascentais as ovelhas. A fraca não fortalecestes, a doente não curastes, a quebrada não ligastes, a desgarrada não tornastes a trazer e a perdida não buscastes: mas dominais sobre elas com rigor e dureza. Assim  se espalharam, por não haver pastor, e se tornaram pasto para todas as feras do campo. As minhas ovelhas andam desgarradas por todos os montes e por todo elevado outeiro; as minhas ovelhas andam espalhadas por toda a terra, sem haver quem as procure, ou quem as busque". (Ez.34.1 a 6)  Mas há uma promessa que o próprio Deus diz: "Assim diz o Senhor Deus: Eis que eu estou contra os pastores e deles demandarei as minhas ovelhas;  porei termo no seu pastoreio, e não se apascentarão mais a si mesmos; livrarei as minhas ovelhas da sua boca, para que já não lhes sirvam de pasto". (Ez.34.10) Mas há esperança para a ovelha ferida, a dispersa e a desgarrada. O Senhor diz: "Dar-vos-ei pastores segundo o meu coração, que vos apascentem com conhecimento e com inteligência. Naqueles  dias, quando vos multiplicardes e frutificardes na terra, diz o Senhor."  (Jr. 3.15) Que Deus tenha misericórdia de nós pastores, para que cuidemos de seu rebanho como pastores segundo o seu coração.


Lécia Mendonça

terça-feira, 14 de junho de 2011

Do - ação

"Ora, nós que somos fortes, devemos suportar as debilidades dos fracos, e não agradar-nos a nós mesmos. Portanto cada um de nós agrade ao próximo no que é bom para edificação. Porque também Cristo não se agradou a si mesmo, antes, como está escrito: As injúrias dos que te ultrajavam, caíram sobre mim." (Rm 15.1,2,3)

Jesus nos ensinou que devemos perdoar não apenas sete vezes, mas setenta vezes sete aquele que nos tem ofendido.  Falou que a  medida de amor ao próximo, deve ser a mesma medida do amor próprio. Quando  lavou os pés dos discípulos, com a água e cingido com uma toalha, deu uma lição de amor e humildade. O texto citado acima, somos desafiados a agradarmos ao próximo, e a doarmos a ele sem segundas intenções. Devemos  pacientemente suportarmos as debilidades dos mais fracos, nos doarmos a ele e não agradarmos a nós mesmos. Nós somos carentes de natureza, e gostamos muito de um "mimo", nos sentimos confortavelmente acolhidos e amados, quando recebemos um agrado.  Não há nenhum mal em sentirmos amados, mas não devemos viciarmos em  "paparicos" e elogios exagerados, nos afastando do modelo altruísta de Cristo.  Jesus é o nosso exemplo maior de abnegação e altruísmo, ao ponto de entregar-se em favor de todos nós pecadores. Agradarmos ao próximo e não vivermos uma vida em busca somente de nosso bel prazer é cumprir a lei de Cristo. Jesus não olhou para si mesmo, nem a vergonha que iria passar carregando sua cruz, foi cuspido e ridicularizado diante da morte mais indigna que alguém poderia morrer: a morte de cruz.  Ele não levou em conta o desprezo e a ignomínia, mas entregou-se nas mãos dos pecadores. Jesus se doou, deu o seu tempo em favor dos desesperados, doentes e coxos, com o fim de fazê-los melhor.  O tempo é um dos fatores mais importantes na vida, e doá-lo é uma das maiores provas de amor.


Lécia Mendonça

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Vigiai e Orai

Na vida cristã, há uma linha tênue, em ser o que nos é proposto na palavra de Deus e simplesmente não ser.  Temos sempre à nossa frente o desafio de praticarmos o que ouvimos de domingo a domingo, tais como palavras de fé e esperança, exortação e encorajamento. Saímos da reunião de culto, avivados e certos de estarmos prontos para enfrentarmos um urso e um leão e rasgá-los ao meio. Oramos muito e choramos no louvor, a palavra ministrada  toca-nos profundamente. Mas de repente, nos deparamos, com um detalhe sútil, que nos faz perder a bênção. Logo ali, na porta da igreja, alguém  nos diz o que não gostamos de ouvir!!! O rosto muda, o sorriso vai embora, a  testa é imediatamente franzida, o sangue esquenta, fazemos cara de "poucos amigos", e respondemos grosseiramente. Puxa vida! Perdemos a bênção alcançada a instantes atrás!  Vamos embora para casa  meio que sem graça, murmurando contra aquela pessoa, aí então concebemos o pecado. A bíblia diz: "Sede sóbrios e vigilantes. O diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar." (1Pe 5.8) O que precede a vitória do povo de Deus, é a vigilância. Jesus nos adverte a respeito da importância das  vertentes de primeiramente vigiarmos e depois orarmos, a fim de não entrarmos em tentação, pois o espírito na verdade está pronto mas a carne é fraca. A oração perde a força, sem a vigilância constante, naquilo que foi ouvido de Deus e dito a Ele. A tentação sempre acontece em um ambiente propício para a concepção do pecado, seja através de um olhar, uma palavra ouvida, dita ou através apenas de um pensamento. Neste ambiente as emoções estarão à flor da pele. Toda vitória almejada é concretizada, através da vigilância diária, a fim de exercitar o conhecimento adquirido no decorrer da caminhada cristã. Senhor, ajude-nos a viver o que cremos, falamos e pregamos!


Lécia Mendonça

terça-feira, 7 de junho de 2011

E se fosse hoje

 Acordei pensando,  se Jesus voltasse hoje. O que seriam dos que estão se afundando no lamaçal de pecado. Os que  seguindo a carne, andam em imundas paixões e menosprezam qualquer governo. Atrevidos, arrogantes, não temem difamar autoridades superiores. O que seriam daqueles que tem prazer em sua luxúria carnal em pleno dia. Nós, cristãos de carteirinha, esperamos confortavelmente este dia, mas e se fosse hoje, o que seria de nós! Como estaríamos diante do tribunal do grande Juiz.  E os que tem os olhos cheios de adultério e insaciáveis no pecado, engodando almas inconstantes, tendo o coração exercitado na avareza, filhos malditos; abandonando o reto caminho se extraviaram, seguindo o caminho da injustiça. (2 Pe2.10 a 15) O que seriam desses!  A bíblia diz: "O sol se converterá em trevas, e a lua em sangue, antes que venha o grande e terrível dia do Senhor." (Joel 2.31) Será um dia de acerto de contas! E se fosse hoje, o encontro da igreja com o seu noivo, se fosse hoje a separação do joio e do trigo, das ovelhas e dos bodes. E se fosse hoje o dia de ouvir: " Vinde benditos de meu pai, foste fiel no pouco sobre o muito te colocarei, entra no gozo do teu Senhor", ou:  " Então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade!" "Ali haverá fogo e enxofre, choro e ranger de dentes". Mas para os que forem salvos a bíblia diz que:  "jamais terão fome, nunca mais  terão sede, não cairá sobre eles o sol, nem ardor algum, pois  o Cordeiro que se encontra no meio do trono os apascentará e os guiará para as fontes da água da vida. E Deus lhes enxugará  dos olhos toda lágrima." (Ap. 7.17) E se fosse hoje, estaríamos prontos ou seríamos apanhados em pecado. A bíblia diz:  "Então aparecerá no céu o sinal do filho do homem; todos os povos da terra se lamentarão e verão o Filho do homem vindo sobre as nuvens do céu com poder e muita glória. E ele enviará os seus  anjos, com grande  clangor de trombeta, os quais reunirão os seus escolhidos, dos quatro ventos, de uma a outra extremidade dos céus". (Mt 24.30,31) "Por isso ficai também vós apercebidos; porque , à hora em que não cuidais, o Filho do homem virá." (Mt 24.44)


Lécia Mendonça

segunda-feira, 6 de junho de 2011

A Igreja de Hoje

Servir a Deus, dentre outras coisas requer humildade, dedicação e muito bom humor. Encontramos na igreja todo tipo de gente. Gente que ri demais e que ri de menos, gente que chora por qualquer motivo e  gente que fala  o que vem à cabeça e ainda diz ser o crente "super sincero", e anda ferindo a membresia da igreja. Outros tem a cara fechada, e pensam assim demonstrar santidade. Há alguns que vivem chantageando sair da igreja, caso não aconteça o que planejaram. Há também aqueles que pensam ser "donos" da igreja, e vivem fazendo sugestões autoritárias para o pastor. Os que anotam as pregações "tim tim por tim tim", a fim de marcar hora no gabinete pastoral, para cobrar do pastor, se ele vive mesmo o que prega. Os maiores dizimistas da igreja pensam ser acionistas majoristários e  tem o "direito" de agir sempre em conjunto com o pastor. Há os críticos de plantão que ficam na porta, não entram e não deixam ninguém entrar, são os que líderam as famosas "panelinhas". Existem as  panelinhas dos mais abastados, dos menos favorecidos, dos mais importantes e que pensam ser da tropa de Elite do céu. Os que se acham "super espirituais", falam até as horas em línguas estranhas e suas antenas estão sempre de cabeça para baixo, vendo só desgraças na vida dos outros. Há uma classe que trabalham arduamente dentro da igreja, que são os "macumbeiros evangélicos", eles vivem orando para Deus tratar e pesar a mão em seus desafetos cristãos. A palavra  igreja significa "Ekklesia", os que foram chamados para fora. Fora de si mesmo, fora do contexto religioso farísaico, fora da roda dos escarnecedores, fora do sistema mundano pecaminoso.  A igreja é uma comunidade terâpeutica, onde as pessoas problemáticas e doentes precisam de cura. Jesus disse: "Eu não vim para os sãos, mas para os doentes, vim salvar o que  havia perdido". Que Deus  nos ajude a ser a igreja do coração de Deus, onde há pão suficiente para nutrir os famintos e remédio para curar as chagas dos enfermos. Um lugar onde há santidade, comunhão, amor, alegria no Espírito Santo e paz, muita paz. Nisto consiste o Reino de Deus.




Lécia Mendonça

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Cansado demais para orar

A oração é o veículo que nos conecta com o sobrenatural e não há fórmula mágica que nos traz para  perto de Deus, como através do diálogo franco e honesto com Ele. A bíblia diz que devemos orar se quisermos alcançar dádivas vindas do céu.  Portanto, se não orarmos, não receberemos os bens prometidos àqueles que andam retamente, como não desfrutaremos da presença gloriosa do nosso Senhor Jesus Cristo. Um dia inteiro de trabalho, correndo de um lado para o outro, assinando papéis, escritório lotado e ónibus lotado, ufa, cansado demais! Chegando em casa, só uma vontade: relax! Quem sabe uma jacuzi, ou a chese do sofá, confortavelmente preparada para as pernas cansadas de um trabalhador, a final de contas o  descanso é merecido depois de um dia estressante. A rotina nervosa e apressada, nos afasta da comunhão com Deus, e só podemos tê-la através do relacionamento com o céu. Se relacionar com o céu é se relacionar com Deus, é viver na dimensão de onde Deus habita. Orar é como entrar em um toboágua invertido e ser arremessado para cima, pois a oração é sempre uma subida. O cansaço, a  fadiga e o ativismo, existem para impedir a subida nos degraus da esfera da ação de Deus, que é ativada através da oração. Então, o descanso virá quando nos adentrarmos as recâmaras do Rei e expormos a Ele todas as mazelas da alma e o cotidiano quase sempre avassalador, que vem contra a plena quietude de parar para orar.  Se não oro, vivo por viver, se oro vivo para  Deus. A oração é o combustível que faz a vida caminhar rumo ao centro da vontade de Deus. Fazer ministério, sem ter  tempo suficiente com o Deus dos Ministérios é fazer a obra "relaxadamente", de qualquer maneira, é como um subordinado que não dá satisfação ao seu patrão e nem presta contas do seu trabalho. Bocejos e olheiras, correr atrás do vento, tudo é vaidade, diz o pregador. Buscar a Deus é uma questão de sobrevivência, buscai a Deus e vivei!


Lécia Mendonça

domingo, 29 de maio de 2011

Muda-me

Todas as vezes que me achego a Deus em oração, Ele me diz que tenho algo a mudar: Que os mes olhos, olhem direito, para o Autor e Consumador da minha fé. Que meus pensamentos sejam agradáveis diante do Senhor. Que a minha boca fale apenas o que for para edificação do corpo de Cristo, pois serei justificado ou condenado pelas minhas palavras. Que minhas mãos sejam limpas, sem ira e sem contendas, mãos que abençoam e que abraçam. Que meus pés anunciem boas novas de salvação. Que meu coração seja guardado e protegido, pois ele é enganoso e desesperadamente corrupto, pois não o conheço! Que a minha vida seja a expressão do amor de Deus, por onde quer que eu vá!


Lécia Mendonça


quarta-feira, 25 de maio de 2011

Cântico

Meu Dono

Tu és o meu Dono
 E não há outro além de Ti

Tu és o meu Dono
E não outro igual a Ti

Tu és tudo o que eu preciso para viver
Não desejo nada mais além de ti Senhor
A minha vida está em tuas mãos e o meu querer
é te adorar e te servir com todo o meu ser


Fala Comigo


Fala comigo Senhor
Eu preciso ouvir tua voz

É assim que eu sobrevivo
É assim que eu vou viver
Te escutando Te sentindo
Este é o meu maior prazer



Lécia Mendonça

terça-feira, 24 de maio de 2011

Esperar é Crer

         
             A palavra do Senhor diz em Dt. 28.13, “ele nos porá por cabeça, e não por cauda; e só estarás em cima e não debaixo, se obedeceres aos mandamentos do Senhor teu Deus, que hoje te ordeno, para os guardar e cumprir”. Que promessa tremenda! E ela foi feita a todos os que crêem e com claras condições; se obedecer.  Esta é uma condição para vivermos nos lugares altos da terra. Nós fomos criados para governar em uma posição alta com Deus. O Apóstolo Paulo diz em Efésios 1.3 e 2.6; "Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo,  e juntamente com ele nos ressuscitou e nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus".  Quando não apropriamos da nossa posição espiritual em Cristo, somos inclinados a vivermos uma vida abaixo do padrão que Cristo tem para  nós. Por exemplo,  a  águia nasceu para voar alto, ela nasceu para as alturas. Quando uma águia envelhece, ela arranca suas penas velhas, voa pro alto de uma montanha e fica próximo das rochas, para um tempo de transformação. A águia chega a viver setenta anos, mas por volta dos quarenta anos, ela  tem que tomar uma decisão séria e rápida. As decisões fazem parte de nossa vida e toda decisão requer mudanças de hábitos, de valores e de mentalidade. Decisão é uma de-cisão, é um corte, uma ruptura e pode causar dor e sangramentos, mas é necessário para a renovação e transformação. As garras da águia neste tempo, ficam compridas e flexíveis, impossibilitando-a de pegar suas presas, então ela fica totalmente limitada, o seu bico alongado e pontiagudo faz com que se alimente com dificuldades e suas asas apertando contra o peito, é incapaz de alçar vôos altos, se tornando assim uma presa fácil.  Ela morre ou precisa reunir forças para a sua renovação. A águia precisa de tempo para transformar-se. Então ela  passa por um processo de cinco meses, o tempo necessário para a sua renovação.  Neste tempo de cinco meses, a águia vai bater o bico contra a rocha até arrancar o seu velho bico, e ela espera nascer outro bico, então ela tira as unhas velhas com o seu novo bico e  as unhas novas nascem e então,ela arranca as penas velhas, para que as  penas novas apareçam. A águia vai ter o contato com o sol para receber energia e ela abre suas asas e recebe calor, então está pronta  para o vôo novamente. As circunstâncias de dor vivenciadas, podem  fazer-nos melhores e mais maduros, mas  em meio as turbulências chegamos a pensar que  não há como escapar.  Mas o tempo de renovação é  o tempo de reflexões e a busca da força em meio a fraqueza, e que nos impulsiona a prosseguir. Há momentos na vida, em que  resguardar-se  um tempo para  um novo começo é necessário para o processo de renovação, para um vôo de vitória. O despreendimento de lembranças amargas, situações  que causam dor, faz com que sejamos  livres de todo peso morto do passado e poderemos aproveitar o resultado valioso  que uma auto-renovação através do tempo de Deus  em nos aperfeiçoar para o seu propósito. Esperar em Deus é sempre a melhor saída, esperar o tempo de Deus é entrar na dimensão do Kairós, como diz em Is.40.31; "mas os que esperam no Senhor renovam as suas forças, sobem com asas como águias, correm e não se cansam, caminham e não se fatigam."

Lécia Mendonça

segunda-feira, 23 de maio de 2011

O Oportunista Absalão

"Não havia, porém, em todo o Israel homem tão celebrado por sua beleza como Absalão; da planta do pé ao alto da cabeça não havia nele defeito algum." 2Sm 14.25 

 Satanás engendrou o ódio no coração de Absalão por seu pai, o rei Davi, devido a busca pelo poder. A  aversão por seu pai  foi crescendo ao ponto de desejar matá-lo. Não fosse o rancor acelerado de Absalão, talvez poderia ser sucessor do trono de Davi. Absalão, fez justiça com suas próprias mãos,  vingou o incesto praticado por  seu irmão Amnom com sua irmã Tamar, e o matou. "E Absalão deu ordem aos seus moços, dizendo: Tomai sentido; quando o coração de Amnom estiver alegre de vinho, e eu vos disser: Feri a Amnom, então o matareis." (2Sm 14.28) Devido a extrema beleza de Absalão, o seu orgulho fez dele um jovem revoltado e sem limites, ao ponto de desejar o que ele não poderia jamais obter. Elogios exagerados e o cultivo de seu egocentrismo, foi sendo alimentado dia após dia em seu coração. Absalão se tornou um jovem oportunista obcecado em poder. "E aconteceu, depois disso, que Absalão fez aparelhar carros, e cavalos, e conquenta homens que  corressem adiante dele." (2Sm 15. 1) Absalão lutava em  favor de si mesmo, era partidário de acomodações às circunstâncias dele próprio, ele era um oportunista. Absalão usava as pessoas como "trampolim", a fim de chegar ao seu objetivo maligno. Tais atitudes de Absalão se transformaram em um espírito, chamado de "espírito de Absalão". Este espírito não quer a força, nem a aparência, ele quer posições de destaques e honras. A obstinação de Absalão fez dele um perseguidor contumaz de seu próprio pai., tramando e se organizando contra o reino de Israel. Absalão se preparou, subjulgou homens, a fim de colocar seu plano diábolico em prática, com uma aparência de "bom moço" e um falso  interesse pelas demandas do povo, criando assim uma imagem errada do rei Davi, como um rei relapso. "Também Absalão se levantou pela manhã e parava a uma banda do caminho da porta. E sucedia que a todo homem que tinha alguma demanda para vir ao rei a juízo, o chamava Absalão a si e lhe dizia: De que  cidade és tu. E dizendo ele: De uma das tribos de israel é teu servo; então Absalão lhe dizia: Olha, os teus negócios são bons e retos, porém não tens quem ouça da parte do rei. Dizia mais Absalão: Ah! Quem me dera ser juiz na terra, para que viesse a mim todo o homem que tivesse demanda ou questão, para que lhe fizesse justiça!  Sucedia também que, quando alguém se chegava a ele para se inclinar diante dele, ele estendia a sua mão, e pegava dele, e o beijava. E desta maneira fazia Absalão a todo o Israel que vinha ao rei para juízo; assim, furtava Absalão o coração dos homens de Israel." (2Sm 15.2 a 6) Para alcançar o poder e o trono de Davi, Absalão se fez defensor do povo de Israel, demonstrando complascência e afeto aos que tivessem alguma demanda ou questão diante do rei, furtando assim o coração de tais homens. As estratégias diabólicas, com o intuito de  alcançar poder e sucesso de nada valem, diante de Deus, que conhece os segredos e intentos do coração. "Pois não há criatura alguma encoberta diante dele; antes, todas as coisas estão nuas e patentes aos olhos daquele com quem temos de tratar." (Hb 4.13)  Entre  abusos e injustiças cometidas por quem tem o "poder", o  Justo  Juiz  sempre vem manifestar sua infalível justiça entre os filhos dos homens.



I parte do texto "O Oportunista Absalão"
Lécia Mendonça

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Kairós, o Tempo de Deus

Há dois tipos de tempo, o chronos, do qual derivam palavras como, cronologia e cronometro, é o tempo marcado pelo relógio, é um tempo limitado, e kairós é o tempo como substância, é o tempo não sequencial e indivisível. Esse tempo é a pura existência, é SER, é Deus. Kairós é a categoria do tempo segundo Deus, assim como chronos é a categoria humana.  Kairós é a existência do ser, o EU Sou de toda a existência, é o grande Eu Sou, é Deus. O tempo pertence a Deus, Ele é Senhor do tempo, Ele é o Pai da Eternidade. Kairós é o tempo da Eternidade, e quando o Kairós cruza com o chronos, o milagre acontece. O salmista diz no salmos 90.12, “ensina-nos  a contar os nossos dias, para que alcancemos coração sábio”. A palavra de Deus nos diz que tudo passa rapidamente  e nós voamos e que um dia para Deus é como mil anos e mil anos como um dia, este tempo não se explica com a mentalidade humana, mas com a mentalidade divina. Comparar mil anos com um dia é inconcebível humanamente falando, e esta divina projeção do tempo, para nós é incalculável e inimaginável, por isso o relógio divino é incompátivel com o relógio humano, eles são opostos entre si. Esperar é usufruir do tempo divino, o tempo de Deus, e experimentar o melhor de Deus, que seríamos incapazes de imaginar. “Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano, o que Deus tem preparado para aqueles que o amam.”  (1Co 2.9) Deus sempre reserva o melhor para os seus filhos, e usa o Kairós para a  manifestação do milagre na vida de todo aquele que crê.


Lécia Mendonça

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Chega!

Chega de aparência e  não de conteúdo, chega de falar o que não vive. Chega de cantar uma linda canção, que não sai do coração. Chega de bajulação e não de adoração. Chega de movimentos dentro das igrejas e pouco mover do Espírito. Chega de usar os púlpitos para recados pessoais. Chega de idolatrias e procissões em favor de si mesmos. Chega de querer honra, ao invés de dar a honra a Deus. Chega de acumular pecados silenciosos, que ninguém vê, como a inveja e o ciúme. Chega de falar mal do próximo e depois dizer:  Paz, paz, quando não a paz. Chega de mentir para si mesmo. Chega de usar máscaras e ir para reuniões com cascas espiritualizadas de um bom crente. Chega de não falar a verdade e mentir para o seu próximo. Chega de coar um mosquito e engolir um camelo. Chega de um evangelho água com áçucar e não o Evangelho do Reino de Deus, um evangelho de morte e de cruz.  Chega de orações longas, tentando impressionar a Deus, pois não é pelo muito falar que seremos ouvidos. Chega de participar de rodas de "amigos-inimigos" para não perder o status. Chega de pensar além do que se é. Chega de querer além do que se pode ter. Chega de acusações falsas e reuniões de massacres, a quem não pode se defender. Chega de brincar em Nome de Deus, chega de matar em Nome de Deus.  O Reino de Deus, não vem com visível aparência, o Reino de Deus está dentro de vós. É muito mais do que o estereótipo eclesiástico espiritual, é vida na palavra de Deus. Jesus morreu entre dois ladrões, ele teve uma aparente derrota, mas carregava dentro de si  a Vitória, Ele é a Vitória.  A decisão é viver o evangelho de Jesus sem caiação, sem mistificação, sem arrogância e sem presunção.  É tempo de viver o evangelho de Jesus simples, mas profundo, o evangelho que é capaz de transformar o homem  mais vil pecador e curar suas mazelas, e torná-lo em um cidadão do Reino de Deus.



By Lécia Mendonça

O Bom Samaritano

       

            Observe a Parábola do Bom Samaritano em Lc 10.25,  Um  certo intérprete da lei, querendo por Jesus em provas disse-lhe: “Mestre, que farei para herdar a vida eterna?” Os Fariseus especialistas em interpretar a Lei, queriam saber o que eles poderiam fazer para ganhar a vida eterna. E Jesus responde  com duas pergunta essenciais :
O que está escrito? E como lê? Jesus foi no cerne da questão, como ele interpretava as escrituras. O intérprete da Lei, era um teólogo judeu, autoridade na Lei e foi confrontado justamente em seu ofício. Será que ele sabia e entendia o que estava escrito? E como se lia as escrituras?  Aquele homem era um doutor da lei, e não tinha as respostas para suas  perguntas. Ele sabia da lei, mas não do Espírito que vivifica, porque a letra mata, mas o Espírito vivifica.  Um doutor sem respostas. Ele se revelou medíocre em seus conceitos e demonstrou ser superficial em sua  conduta espiritual. O intérprete da lei respondeu a pergunta de Jesus assim:
            “Amarás ao Senhor, teu Deus, de todo o teu coração e de toda a tua alma e de todas as tuas forças e de todo o teu entendimento e ao teu próximo como a ti mesmo". E Jesus lhe disse: Disseste bem, faze isto e viverás.  Toda a lei se resume neste mandamento, FAZE isto e viverás. O evangelho de Jesus é o evangelho prático e não teórico. O intérprete sabia o que fazer, mas não fazia, ele perguntou exatamente o que FARIA para ganhar a vida eterna e Jesus deu a receita: “ FAZE ISTO E VIVERÁS”. No livro o “Monge e o Executivo”, o autor disse que quando ele usa a palavra amor, ele se refere a um comportamento e não um sentimento, e então alguém disse:  “O amor é o que o amor faz”, é profundo é de Deus. Doutores da Lei, querem sempre justificar a si mesmo, talvez tentando isentar- se do maior  imperativo divino: Pratiquem o amor uns para com os outros.  A pergunta do Doutor sugere que alguém possa esquivar do mandamento de Jesus, ame ao teu próximo como a ti mesmo, mas Jesus nos ensina que o Amor não pode ser algo superficial, não é assunto para discussões teóricas, mas algo profundo e de demonstração prática. O que? E Como? Isto vai além das aparências, subterfúgios e respostas evasivas, em uma tentativa de substituir os próprios valores, pelos valores de Deus. O amor é a própria essência do Criador, o Deus dos céus e da Terra, o Deus do Amor, o Deus que é Amor.
                        Descia um homem de Jerusalém para Jericó. Aquele homem caiu nas mãos de assaltantes, que lhe roubaram tudo e causaram muitos ferimentos e o deixaram semi - morto. Casualmente descia um SACERDOTE, o Sacerdote representa a suprema autoridade religiosa, ele vendo-o, passou de largo, sua insensibilidade foi tamanha, que não se importou com seu estado. Sua indiferença causada por sua superficialidade, fez com que passasse de longe, a despeito de sua alta posição religiosa. Quando somos tomados pelo mal da superficialidade,  não podemos olhar além de nós mesmos, somos incapazes de nos colocar no lugar do outro e sentir a sua dor. Talvez o sacerdote tivesse muitas coisas para fazer, seu ativismo religioso o impossibilitou de PARAR.
            Passou também o LEVITA, associados ao serviço de Deus, ainda que zelosos no cumprimento da lei, omite o amor de Deus, também passou de largo. Crentes superficiais, que buscam desenfreadamente o TER, sem SER o que Deus quer que sejam. Levitas encarregados no serviço  sagrado, ocupam a plataforma, querem aplausos e reconhecimento, mas na demonstração da essência de Deus, são vazios, opacos e pobres de espíritos. Talvez este sacerdote e o levita, se encaixem  no título de “profissionais do altar”, que poderiam até discutir com grande habilidade a respeito do amor, da compaixão, da misericórdia, mas longe de viver tal dimensão espiritual, são rasos e impossibilitados de ser aquilo que apenas dizem.      
            Jesus nos ensina que o amor não é assunto de discussão teórica, mas de demonstração prática. Havia uma tensão  racial entre os judeus e os samaritanos, eles não interagiam uns com os outros e em alguns casos, existia a hostilidade direta e ódio. A fonte da ajuda não foi um doutor, Sacerdote ou levita, mas um samaritano, uma fonte desprezada. O samaritano poderia também ser o terceiro homem a passar de largo, mas movido de uma íntima compaixão, colocou-se eu seu lugar, vendo- o, atou  suas feridas, aplicou azeite e vinho, o pôs sobre o seu cavalo, levou – o para uma estalagem e cuidou dele. Tirou dinheiro e deu ao hospedeiro e disse: Cuida dele e tudo o que mais gastar eu te pagarei, quando voltar. Quem ama investe no próximo, independente se vai receber algo em troca. Amar é investimento, quando eu amo, eu invisto no objeto do amor. O samaritano passou pelo mesmo caminho que o sacerdote e o levita, e provavelmente estava indo ou voltando do trabalho. Ele não reclamou, nem disse que não tinha tempo, nem fez uma lista de suas ações, para depois cobrar do ferido. Pelo contrário, ele restituiria aquele que  cuidasse dele.
            Sua raça mestiça e sua religião profana, foi elogiada por não teorizar, nem superficializar o amor, e em ir fundo na grande missão de Amar. E a maior demonstração de amor da humanidade, foi a do nosso Senhor Jesus Cristo, que está em João 3.16 “Porque Deus amou o mundo de tal maneira, que deu, seu filho unigênito, para que todo o que nele crê, não pereça, mas tenha vida eterna.” O Amor é bonito, em forma de poesia e versos, mas a autenticidade do amor, está na demonstração prática, consolidada de uns para com os outros, como fez Jesus na Cruz, por nós.

By Lécia Mendonça








Jó, um Exímio Sofredor

Jó foi um aprendiz na escola eficaz do sofrimento. Ele aprendeu na escola do esmigalhamento divino e entendeu que não podia lutar contra Deus e sua vontade, Ele sempre ganha.
Os argumentos de Jó diante do sofrimento, não conveceram a Deus  a parar de mandar suas flechas pontíagudas em suas costas, como se elas fossem seu alvo, todo dia. Jó, não cessava de fazer perguntas a respeito de sua incurável dor e dizia: "melhor fora ter morrido antes do meu nascimento".  Deus não abortou a dor de  Jó, para então extraordinariamente faze-lo conhecido e duplamente honrado. Deus se revelou a Jó através de seu sofrimento, de suas perdas e impossibilidades.
Jó portanto tipifica a Cristo, que apesar de  seu martírio, não pecou, com sua boca, ele  soube sofrer e absorver o benefício de seu sofrimento. Deus sempre leva o homem a um aprendizado através das circunstâncias . Em algum momento na vida,  haverá algo que  lembra Jó e suas perdas. Jó sofreu para aprender a conhecer Áquele que o introduziu no processo da desarticulação e desestruturação humana e introduzi-lo a um novo caminho, a um novo modelo de vida, um jeito diferente de viver  conforme a vontade de Deus. Jó passou alguns capítulos tentando entender o motivo de tanta dor e Deus o deixou passá-lo pelo temível teste: da solidão.  Ele não podia  compartilhar as suas lutas e dores  com seus amigos. Os conselhos impiedosos dos "amigos" de Jó, foram como lanças pontíagudas em seu coração: " Veja seus conceitos e valores diante de Deus, ou se há algum pecado a ser confessado,  arrependa-se logo e então o Deus Todo Poderoso, se compadecerá de ti." Jó se sentiu sozinho, em sua grande provação, ele  perdeu tudo, filhos, bens, mas não se perdeu em seu sofrimento. Todos se foram na vida de Jó, exceto sua mulher com um conselho amargo e destrutivo: “Amaldiçoa o teu Deus e morre, ainda conservas tua integridade”.  A insanidade de sua mulher, não fez Jó perder a cabeça, ele disse: "Eu sei que meu redentor vive e por fim se levantará sobre a terra". Foi necessário o silêncio revelador de Deus na vida de Jó, que em uma minuciosa análise pessoal, ele chegou a conclusão e disse : "Antes eu te conhecia de ouvir falar, agora meus olhos te veêm." (Jó 42)     Passar por lutas e tribulações, faz parte da existência humana, a questão é saber passar por elas, e não desvincular a mente daquele que é Poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto  pedimos ou pensamos, conforme seu poder que opera naquele que crê. (Ef. 4.20) Com tudo, Jó  foi para o centro da vontade de Deus e recebeu tudo em dobro o que havia perdido.

By Lécia Mendonça

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Dependência

Não gostamos de sermos dependentes de ninguém o todo tempo. A nossa tendência é aprendermos os métodos e guiarmos a nossa vida sem interferências de terceiros. Mas em Deus não existem métodos, pois, quem precisa de Deus depois de aprende-los. Com Deus tem que haver dependência. Todos nós queremos vitória, mas andar em vitória é o resultado de uma obstinada e constante dependência de Deus. Portanto, não existe vitória sem dependência total. Quando estamos sempre procurando uma vida vitoriosa é porque vivemos  constantemente à margem de uma crise. E Deus usa a crise para  nos ensinar o que é essencial  à vitória pessoal. O dia que aprendermos a dependência total de Deus, Ele retirará a crise. Se aprendermos a sermos dependentes de Deus, mesmo quando não estamos em crise, esta se tornará desnecessária. Por isso, somente quando estivermos à altura de viver em dependência de Deus na ausência de problemas, então Ele tirará a pressão sobre nós.


Texto escrito em 1993
By Lécia Mendonça

domingo, 8 de maio de 2011

As Lágrimas do Rei

E Maria correu apressadamente;  e ao ver Jesus, lançou-lhe aos seus pés e o adorou: “Hã Senhor, se estiveras aqui, meu irmão não teria morrido”. (João 11.32) Maria reconhece com fé o poder da presença de Jesus com intimidade, em lágrimas o adorou. Jesus vendo-a chorar, também chorou e movendo-se muito em  seu espírito, perturbou-se. Este encontro foi impressionante! As lágrimas de Maria comoveu a Jesus, impelindo-o a ir ao túmulo, onde Lázaro estava e Ele disse: Onde o puseste? E disseram-lhe:Senhor vem e vê. Jesus chorou.”   As lágrimas do Rei, foram a manifestação de seu imenso amor pela família de  Maria. Jesus chorou ao vê-la, em uma mistura de dor, adoração e resignação. A comoção de Jesus,  foi vista pelos judeus com um profundo amor e por uma incrédula objeção: "Veja como ele o amava", "Não podia ele, que abriu os olhos ao cego, fazer que este não morresse."  Jesus não é indiferente as lágrimas de quem se lança aos seus pés e com dedicação ouve o que ele tem a dizerA espiritualidade vazia de  cristãos preocupados, com a intenção de isentar-se da culpa de viverem uma vida superficial, e que através de mecanismos religiosos e tradicionalistas, tentam agradar a Deus, sem êxitos. Em Lucas 10.38, vimos outra vertente na personalidade de Marta. Sendo a irmã mais velha, Marta se  interessava  com o serviço doméstico, e se dedicava de tempo integral nos serviços do lar, chegando ao ponto de reclamar com Jesus de sua irmã:” Senhor não te importas, de que minha irmã, tivesse deixado, que eu fique a servir sozinha. O ativismo religioso rouba a possibilidade de intimidade com Jesus e o estar disponível em ouvir a sua voz. Em vez da nervosa preocupação pelo servir um banquete digno do Senhor, um prato seria suficiente, Maria escolhera a melhor parte, o banquete espiritual. Cristo compraz-se em servir, não em ser servido. Como ele mesmo já havia dito: “Eu vim para servir, não para ser servido”.   Talvez seja por este perfil, “pré - ocupada”  e com sua natureza resoluta, que Marta foi logo encontrar-se com Jesus, diante da triste notícia da morte de seu irmão Lázaro. Maria, porém, ficou “sentada”  em casa, não resignada, assentou-se e esperou ser chamada pelo Senhor  Jesus, para o encontro com a Vida

By Lécia Mendonça


sexta-feira, 6 de maio de 2011

Adoração Inflexível


Mas vem a hora, e já chegou, quando os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque são estes que o Pai procura para seus adoradores. João 4.23
               
A adoração verdadeira ao Senhor possui uma qualidade inflexível e inegociável. Deve ser gerada de uma firme decisão no coração do adorador, que não negligencia o seu foco. Nenhuma circunstância o distrai em adorá-lo,  a estar a sós com o Senhor e desfrutar de sua presença em intimidade. Em Gn 29.31, relata à história de Jacó, Raquel e Lia. Raquel era formosa de porte e de semblante, porém estéril, ao contrário de sua irmã Lia, tinha o olhos baços, não atraentes, lhes faltava o brilho, e contudo gerava filhos. Uma história paradoxal!  Jacó amava a Raquel, porém Lia era preterida. “Vendo, pois, Raquel que não dava filhos a Jacó, com inveja de sua irmã disse a Jacó: Dá-me filhos, senão morro. Então, se acendeu a ira de Jacó contra Raquel e disse: Estou eu no lugar de Deus, que te impediu o fruto de teu ventre?” Lia e Raquel são estilos de ministérios hoje nas igrejas. Com o desprezo de Jacó,  sem sucesso Lia tentou chamar a atenção de seu marido na força do seu braço, sem progresso. Ela teve vários filhos de Jacó,  com a ansiosa intenção de conquistá-lo, se sentia cada vez mais desvalorizada e esquecida por ele. Raquel exibia uma bela aparência, porém estéril e sem frutos e carregava consigo os ídolos de seu pai. Disse Raquel: “Com grandes lutas tenho competido com minha irmã...” Ministérios que competem entre si e esquecem-se do verdadeiro sentido da adoração e qual é o seu foco, não podem agradar ao Deus de toda Glória. Um, dois, três, mas no quarto filho, Lia resolveu louvar ao Senhor. “De novo concebeu e deu à luz um filho: então disse: “Esta vez louvarei ao Senhor. “E por isso lhe chamou Judá; e cessou de dar a luz.” Lia gerou Judá em seu coração, em uma firme decisão de louvar a Deus e Judá significa “Louvor”. O louvor nasceu no coração de uma mulher que decidiu não olhar para si mesma, decidiu desprezar o desprezo.  A ansiedade de Lia em ser amada por Jacó, deu lugar a um coração de adoração, e sua decisão, fez com que cessasse de dar a luz.   Não atraímos a atenção de Deus, com artifícios humanos, palavras vazias, mas com uma postura de verdadeiro adorador. Uma adoração a Deus, sem interesses pessoais, que sai do íntimo do ser, não com bajulação de palavras sem vida, mas frutos dos lábios que confessam o Seu Nome.   A espiritualidade autêntica não é medida  pela aparência e nem pela performance do que é feito em público, mas ao estar no lugar secreto a sós com o Deus que vê a motivação do coração. A inveja que Raquel sentia por Lia, foi a motivação de ter filhos com Jacó.  A inveja não deve ser jamais  a motivação para exercer  um ministério sagrado na casa de Deus.  A Verdadeira adoração nos traz para perto de Deus, e pelo Seu Espírito Santo em nossos corações, recebemos uma revelação do próprio Deus.  Quando há adoração genuína, entramos em Seu Coração, conhecendo-O e sendo conhecido por Ele. Quando adoramos em espírito e em verdade, o Senhor nos faz participantes de sua Glória e da sua natureza. A palavra adoração descreve uma reverente contemplação e uma revelação de Deus pelo Espírito Santo. Em grego significa (preskun) que é “Beijar a mão de joelhos”, e adorar estabelece uma submissão e honra a Deus como Seu soberano Senhor, prestando uma obediência incondicional a Ele, é reverenciá-lo e adorá-lo pelo que Ele é.

“A verdadeira adoração requer muito mais de cada um de nós, uma disposição em estar a sós com o Senhor, ouvir o que Ele tem para falar, do que simplesmente cantar uma linda canção que sai dos lábios e não do coração.”


Lécia Mendonça