Isaías 55.13

"Em lugar de espinhos crescerá o cipreste, em lugar da sarça, crescerá a murta; isso resultará em renome para o Senhor, para sinal eterno, que não será destruído." Is.55.13

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Adoração Inflexível


Mas vem a hora, e já chegou, quando os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque são estes que o Pai procura para seus adoradores. João 4.23
               
A adoração verdadeira ao Senhor possui uma qualidade inflexível e inegociável. Deve ser gerada de uma firme decisão no coração do adorador, que não negligencia o seu foco. Nenhuma circunstância o distrai em adorá-lo,  a estar a sós com o Senhor e desfrutar de sua presença em intimidade. Em Gn 29.31, relata à história de Jacó, Raquel e Lia. Raquel era formosa de porte e de semblante, porém estéril, ao contrário de sua irmã Lia, tinha o olhos baços, não atraentes, lhes faltava o brilho, e contudo gerava filhos. Uma história paradoxal!  Jacó amava a Raquel, porém Lia era preterida. “Vendo, pois, Raquel que não dava filhos a Jacó, com inveja de sua irmã disse a Jacó: Dá-me filhos, senão morro. Então, se acendeu a ira de Jacó contra Raquel e disse: Estou eu no lugar de Deus, que te impediu o fruto de teu ventre?” Lia e Raquel são estilos de ministérios hoje nas igrejas. Com o desprezo de Jacó,  sem sucesso Lia tentou chamar a atenção de seu marido na força do seu braço, sem progresso. Ela teve vários filhos de Jacó,  com a ansiosa intenção de conquistá-lo, se sentia cada vez mais desvalorizada e esquecida por ele. Raquel exibia uma bela aparência, porém estéril e sem frutos e carregava consigo os ídolos de seu pai. Disse Raquel: “Com grandes lutas tenho competido com minha irmã...” Ministérios que competem entre si e esquecem-se do verdadeiro sentido da adoração e qual é o seu foco, não podem agradar ao Deus de toda Glória. Um, dois, três, mas no quarto filho, Lia resolveu louvar ao Senhor. “De novo concebeu e deu à luz um filho: então disse: “Esta vez louvarei ao Senhor. “E por isso lhe chamou Judá; e cessou de dar a luz.” Lia gerou Judá em seu coração, em uma firme decisão de louvar a Deus e Judá significa “Louvor”. O louvor nasceu no coração de uma mulher que decidiu não olhar para si mesma, decidiu desprezar o desprezo.  A ansiedade de Lia em ser amada por Jacó, deu lugar a um coração de adoração, e sua decisão, fez com que cessasse de dar a luz.   Não atraímos a atenção de Deus, com artifícios humanos, palavras vazias, mas com uma postura de verdadeiro adorador. Uma adoração a Deus, sem interesses pessoais, que sai do íntimo do ser, não com bajulação de palavras sem vida, mas frutos dos lábios que confessam o Seu Nome.   A espiritualidade autêntica não é medida  pela aparência e nem pela performance do que é feito em público, mas ao estar no lugar secreto a sós com o Deus que vê a motivação do coração. A inveja que Raquel sentia por Lia, foi a motivação de ter filhos com Jacó.  A inveja não deve ser jamais  a motivação para exercer  um ministério sagrado na casa de Deus.  A Verdadeira adoração nos traz para perto de Deus, e pelo Seu Espírito Santo em nossos corações, recebemos uma revelação do próprio Deus.  Quando há adoração genuína, entramos em Seu Coração, conhecendo-O e sendo conhecido por Ele. Quando adoramos em espírito e em verdade, o Senhor nos faz participantes de sua Glória e da sua natureza. A palavra adoração descreve uma reverente contemplação e uma revelação de Deus pelo Espírito Santo. Em grego significa (preskun) que é “Beijar a mão de joelhos”, e adorar estabelece uma submissão e honra a Deus como Seu soberano Senhor, prestando uma obediência incondicional a Ele, é reverenciá-lo e adorá-lo pelo que Ele é.

“A verdadeira adoração requer muito mais de cada um de nós, uma disposição em estar a sós com o Senhor, ouvir o que Ele tem para falar, do que simplesmente cantar uma linda canção que sai dos lábios e não do coração.”


Lécia Mendonça

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