Isaías 55.13

"Em lugar de espinhos crescerá o cipreste, em lugar da sarça, crescerá a murta; isso resultará em renome para o Senhor, para sinal eterno, que não será destruído." Is.55.13

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Chega!

Chega de aparência e  não de conteúdo, chega de falar o que não vive. Chega de cantar uma linda canção, que não sai do coração. Chega de bajulação e não de adoração. Chega de movimentos dentro das igrejas e pouco mover do Espírito. Chega de usar os púlpitos para recados pessoais. Chega de idolatrias e procissões em favor de si mesmos. Chega de querer honra, ao invés de dar a honra a Deus. Chega de acumular pecados silenciosos, que ninguém vê, como a inveja e o ciúme. Chega de falar mal do próximo e depois dizer:  Paz, paz, quando não a paz. Chega de mentir para si mesmo. Chega de usar máscaras e ir para reuniões com cascas espiritualizadas de um bom crente. Chega de não falar a verdade e mentir para o seu próximo. Chega de coar um mosquito e engolir um camelo. Chega de um evangelho água com áçucar e não o Evangelho do Reino de Deus, um evangelho de morte e de cruz.  Chega de orações longas, tentando impressionar a Deus, pois não é pelo muito falar que seremos ouvidos. Chega de participar de rodas de "amigos-inimigos" para não perder o status. Chega de pensar além do que se é. Chega de querer além do que se pode ter. Chega de acusações falsas e reuniões de massacres, a quem não pode se defender. Chega de brincar em Nome de Deus, chega de matar em Nome de Deus.  O Reino de Deus, não vem com visível aparência, o Reino de Deus está dentro de vós. É muito mais do que o estereótipo eclesiástico espiritual, é vida na palavra de Deus. Jesus morreu entre dois ladrões, ele teve uma aparente derrota, mas carregava dentro de si  a Vitória, Ele é a Vitória.  A decisão é viver o evangelho de Jesus sem caiação, sem mistificação, sem arrogância e sem presunção.  É tempo de viver o evangelho de Jesus simples, mas profundo, o evangelho que é capaz de transformar o homem  mais vil pecador e curar suas mazelas, e torná-lo em um cidadão do Reino de Deus.



By Lécia Mendonça

O Bom Samaritano

       

            Observe a Parábola do Bom Samaritano em Lc 10.25,  Um  certo intérprete da lei, querendo por Jesus em provas disse-lhe: “Mestre, que farei para herdar a vida eterna?” Os Fariseus especialistas em interpretar a Lei, queriam saber o que eles poderiam fazer para ganhar a vida eterna. E Jesus responde  com duas pergunta essenciais :
O que está escrito? E como lê? Jesus foi no cerne da questão, como ele interpretava as escrituras. O intérprete da Lei, era um teólogo judeu, autoridade na Lei e foi confrontado justamente em seu ofício. Será que ele sabia e entendia o que estava escrito? E como se lia as escrituras?  Aquele homem era um doutor da lei, e não tinha as respostas para suas  perguntas. Ele sabia da lei, mas não do Espírito que vivifica, porque a letra mata, mas o Espírito vivifica.  Um doutor sem respostas. Ele se revelou medíocre em seus conceitos e demonstrou ser superficial em sua  conduta espiritual. O intérprete da lei respondeu a pergunta de Jesus assim:
            “Amarás ao Senhor, teu Deus, de todo o teu coração e de toda a tua alma e de todas as tuas forças e de todo o teu entendimento e ao teu próximo como a ti mesmo". E Jesus lhe disse: Disseste bem, faze isto e viverás.  Toda a lei se resume neste mandamento, FAZE isto e viverás. O evangelho de Jesus é o evangelho prático e não teórico. O intérprete sabia o que fazer, mas não fazia, ele perguntou exatamente o que FARIA para ganhar a vida eterna e Jesus deu a receita: “ FAZE ISTO E VIVERÁS”. No livro o “Monge e o Executivo”, o autor disse que quando ele usa a palavra amor, ele se refere a um comportamento e não um sentimento, e então alguém disse:  “O amor é o que o amor faz”, é profundo é de Deus. Doutores da Lei, querem sempre justificar a si mesmo, talvez tentando isentar- se do maior  imperativo divino: Pratiquem o amor uns para com os outros.  A pergunta do Doutor sugere que alguém possa esquivar do mandamento de Jesus, ame ao teu próximo como a ti mesmo, mas Jesus nos ensina que o Amor não pode ser algo superficial, não é assunto para discussões teóricas, mas algo profundo e de demonstração prática. O que? E Como? Isto vai além das aparências, subterfúgios e respostas evasivas, em uma tentativa de substituir os próprios valores, pelos valores de Deus. O amor é a própria essência do Criador, o Deus dos céus e da Terra, o Deus do Amor, o Deus que é Amor.
                        Descia um homem de Jerusalém para Jericó. Aquele homem caiu nas mãos de assaltantes, que lhe roubaram tudo e causaram muitos ferimentos e o deixaram semi - morto. Casualmente descia um SACERDOTE, o Sacerdote representa a suprema autoridade religiosa, ele vendo-o, passou de largo, sua insensibilidade foi tamanha, que não se importou com seu estado. Sua indiferença causada por sua superficialidade, fez com que passasse de longe, a despeito de sua alta posição religiosa. Quando somos tomados pelo mal da superficialidade,  não podemos olhar além de nós mesmos, somos incapazes de nos colocar no lugar do outro e sentir a sua dor. Talvez o sacerdote tivesse muitas coisas para fazer, seu ativismo religioso o impossibilitou de PARAR.
            Passou também o LEVITA, associados ao serviço de Deus, ainda que zelosos no cumprimento da lei, omite o amor de Deus, também passou de largo. Crentes superficiais, que buscam desenfreadamente o TER, sem SER o que Deus quer que sejam. Levitas encarregados no serviço  sagrado, ocupam a plataforma, querem aplausos e reconhecimento, mas na demonstração da essência de Deus, são vazios, opacos e pobres de espíritos. Talvez este sacerdote e o levita, se encaixem  no título de “profissionais do altar”, que poderiam até discutir com grande habilidade a respeito do amor, da compaixão, da misericórdia, mas longe de viver tal dimensão espiritual, são rasos e impossibilitados de ser aquilo que apenas dizem.      
            Jesus nos ensina que o amor não é assunto de discussão teórica, mas de demonstração prática. Havia uma tensão  racial entre os judeus e os samaritanos, eles não interagiam uns com os outros e em alguns casos, existia a hostilidade direta e ódio. A fonte da ajuda não foi um doutor, Sacerdote ou levita, mas um samaritano, uma fonte desprezada. O samaritano poderia também ser o terceiro homem a passar de largo, mas movido de uma íntima compaixão, colocou-se eu seu lugar, vendo- o, atou  suas feridas, aplicou azeite e vinho, o pôs sobre o seu cavalo, levou – o para uma estalagem e cuidou dele. Tirou dinheiro e deu ao hospedeiro e disse: Cuida dele e tudo o que mais gastar eu te pagarei, quando voltar. Quem ama investe no próximo, independente se vai receber algo em troca. Amar é investimento, quando eu amo, eu invisto no objeto do amor. O samaritano passou pelo mesmo caminho que o sacerdote e o levita, e provavelmente estava indo ou voltando do trabalho. Ele não reclamou, nem disse que não tinha tempo, nem fez uma lista de suas ações, para depois cobrar do ferido. Pelo contrário, ele restituiria aquele que  cuidasse dele.
            Sua raça mestiça e sua religião profana, foi elogiada por não teorizar, nem superficializar o amor, e em ir fundo na grande missão de Amar. E a maior demonstração de amor da humanidade, foi a do nosso Senhor Jesus Cristo, que está em João 3.16 “Porque Deus amou o mundo de tal maneira, que deu, seu filho unigênito, para que todo o que nele crê, não pereça, mas tenha vida eterna.” O Amor é bonito, em forma de poesia e versos, mas a autenticidade do amor, está na demonstração prática, consolidada de uns para com os outros, como fez Jesus na Cruz, por nós.

By Lécia Mendonça








Jó, um Exímio Sofredor

Jó foi um aprendiz na escola eficaz do sofrimento. Ele aprendeu na escola do esmigalhamento divino e entendeu que não podia lutar contra Deus e sua vontade, Ele sempre ganha.
Os argumentos de Jó diante do sofrimento, não conveceram a Deus  a parar de mandar suas flechas pontíagudas em suas costas, como se elas fossem seu alvo, todo dia. Jó, não cessava de fazer perguntas a respeito de sua incurável dor e dizia: "melhor fora ter morrido antes do meu nascimento".  Deus não abortou a dor de  Jó, para então extraordinariamente faze-lo conhecido e duplamente honrado. Deus se revelou a Jó através de seu sofrimento, de suas perdas e impossibilidades.
Jó portanto tipifica a Cristo, que apesar de  seu martírio, não pecou, com sua boca, ele  soube sofrer e absorver o benefício de seu sofrimento. Deus sempre leva o homem a um aprendizado através das circunstâncias . Em algum momento na vida,  haverá algo que  lembra Jó e suas perdas. Jó sofreu para aprender a conhecer Áquele que o introduziu no processo da desarticulação e desestruturação humana e introduzi-lo a um novo caminho, a um novo modelo de vida, um jeito diferente de viver  conforme a vontade de Deus. Jó passou alguns capítulos tentando entender o motivo de tanta dor e Deus o deixou passá-lo pelo temível teste: da solidão.  Ele não podia  compartilhar as suas lutas e dores  com seus amigos. Os conselhos impiedosos dos "amigos" de Jó, foram como lanças pontíagudas em seu coração: " Veja seus conceitos e valores diante de Deus, ou se há algum pecado a ser confessado,  arrependa-se logo e então o Deus Todo Poderoso, se compadecerá de ti." Jó se sentiu sozinho, em sua grande provação, ele  perdeu tudo, filhos, bens, mas não se perdeu em seu sofrimento. Todos se foram na vida de Jó, exceto sua mulher com um conselho amargo e destrutivo: “Amaldiçoa o teu Deus e morre, ainda conservas tua integridade”.  A insanidade de sua mulher, não fez Jó perder a cabeça, ele disse: "Eu sei que meu redentor vive e por fim se levantará sobre a terra". Foi necessário o silêncio revelador de Deus na vida de Jó, que em uma minuciosa análise pessoal, ele chegou a conclusão e disse : "Antes eu te conhecia de ouvir falar, agora meus olhos te veêm." (Jó 42)     Passar por lutas e tribulações, faz parte da existência humana, a questão é saber passar por elas, e não desvincular a mente daquele que é Poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto  pedimos ou pensamos, conforme seu poder que opera naquele que crê. (Ef. 4.20) Com tudo, Jó  foi para o centro da vontade de Deus e recebeu tudo em dobro o que havia perdido.

By Lécia Mendonça

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Dependência

Não gostamos de sermos dependentes de ninguém o todo tempo. A nossa tendência é aprendermos os métodos e guiarmos a nossa vida sem interferências de terceiros. Mas em Deus não existem métodos, pois, quem precisa de Deus depois de aprende-los. Com Deus tem que haver dependência. Todos nós queremos vitória, mas andar em vitória é o resultado de uma obstinada e constante dependência de Deus. Portanto, não existe vitória sem dependência total. Quando estamos sempre procurando uma vida vitoriosa é porque vivemos  constantemente à margem de uma crise. E Deus usa a crise para  nos ensinar o que é essencial  à vitória pessoal. O dia que aprendermos a dependência total de Deus, Ele retirará a crise. Se aprendermos a sermos dependentes de Deus, mesmo quando não estamos em crise, esta se tornará desnecessária. Por isso, somente quando estivermos à altura de viver em dependência de Deus na ausência de problemas, então Ele tirará a pressão sobre nós.


Texto escrito em 1993
By Lécia Mendonça

domingo, 8 de maio de 2011

As Lágrimas do Rei

E Maria correu apressadamente;  e ao ver Jesus, lançou-lhe aos seus pés e o adorou: “Hã Senhor, se estiveras aqui, meu irmão não teria morrido”. (João 11.32) Maria reconhece com fé o poder da presença de Jesus com intimidade, em lágrimas o adorou. Jesus vendo-a chorar, também chorou e movendo-se muito em  seu espírito, perturbou-se. Este encontro foi impressionante! As lágrimas de Maria comoveu a Jesus, impelindo-o a ir ao túmulo, onde Lázaro estava e Ele disse: Onde o puseste? E disseram-lhe:Senhor vem e vê. Jesus chorou.”   As lágrimas do Rei, foram a manifestação de seu imenso amor pela família de  Maria. Jesus chorou ao vê-la, em uma mistura de dor, adoração e resignação. A comoção de Jesus,  foi vista pelos judeus com um profundo amor e por uma incrédula objeção: "Veja como ele o amava", "Não podia ele, que abriu os olhos ao cego, fazer que este não morresse."  Jesus não é indiferente as lágrimas de quem se lança aos seus pés e com dedicação ouve o que ele tem a dizerA espiritualidade vazia de  cristãos preocupados, com a intenção de isentar-se da culpa de viverem uma vida superficial, e que através de mecanismos religiosos e tradicionalistas, tentam agradar a Deus, sem êxitos. Em Lucas 10.38, vimos outra vertente na personalidade de Marta. Sendo a irmã mais velha, Marta se  interessava  com o serviço doméstico, e se dedicava de tempo integral nos serviços do lar, chegando ao ponto de reclamar com Jesus de sua irmã:” Senhor não te importas, de que minha irmã, tivesse deixado, que eu fique a servir sozinha. O ativismo religioso rouba a possibilidade de intimidade com Jesus e o estar disponível em ouvir a sua voz. Em vez da nervosa preocupação pelo servir um banquete digno do Senhor, um prato seria suficiente, Maria escolhera a melhor parte, o banquete espiritual. Cristo compraz-se em servir, não em ser servido. Como ele mesmo já havia dito: “Eu vim para servir, não para ser servido”.   Talvez seja por este perfil, “pré - ocupada”  e com sua natureza resoluta, que Marta foi logo encontrar-se com Jesus, diante da triste notícia da morte de seu irmão Lázaro. Maria, porém, ficou “sentada”  em casa, não resignada, assentou-se e esperou ser chamada pelo Senhor  Jesus, para o encontro com a Vida

By Lécia Mendonça