Isaías 55.13

"Em lugar de espinhos crescerá o cipreste, em lugar da sarça, crescerá a murta; isso resultará em renome para o Senhor, para sinal eterno, que não será destruído." Is.55.13

sexta-feira, 13 de maio de 2011

O Bom Samaritano

       

            Observe a Parábola do Bom Samaritano em Lc 10.25,  Um  certo intérprete da lei, querendo por Jesus em provas disse-lhe: “Mestre, que farei para herdar a vida eterna?” Os Fariseus especialistas em interpretar a Lei, queriam saber o que eles poderiam fazer para ganhar a vida eterna. E Jesus responde  com duas pergunta essenciais :
O que está escrito? E como lê? Jesus foi no cerne da questão, como ele interpretava as escrituras. O intérprete da Lei, era um teólogo judeu, autoridade na Lei e foi confrontado justamente em seu ofício. Será que ele sabia e entendia o que estava escrito? E como se lia as escrituras?  Aquele homem era um doutor da lei, e não tinha as respostas para suas  perguntas. Ele sabia da lei, mas não do Espírito que vivifica, porque a letra mata, mas o Espírito vivifica.  Um doutor sem respostas. Ele se revelou medíocre em seus conceitos e demonstrou ser superficial em sua  conduta espiritual. O intérprete da lei respondeu a pergunta de Jesus assim:
            “Amarás ao Senhor, teu Deus, de todo o teu coração e de toda a tua alma e de todas as tuas forças e de todo o teu entendimento e ao teu próximo como a ti mesmo". E Jesus lhe disse: Disseste bem, faze isto e viverás.  Toda a lei se resume neste mandamento, FAZE isto e viverás. O evangelho de Jesus é o evangelho prático e não teórico. O intérprete sabia o que fazer, mas não fazia, ele perguntou exatamente o que FARIA para ganhar a vida eterna e Jesus deu a receita: “ FAZE ISTO E VIVERÁS”. No livro o “Monge e o Executivo”, o autor disse que quando ele usa a palavra amor, ele se refere a um comportamento e não um sentimento, e então alguém disse:  “O amor é o que o amor faz”, é profundo é de Deus. Doutores da Lei, querem sempre justificar a si mesmo, talvez tentando isentar- se do maior  imperativo divino: Pratiquem o amor uns para com os outros.  A pergunta do Doutor sugere que alguém possa esquivar do mandamento de Jesus, ame ao teu próximo como a ti mesmo, mas Jesus nos ensina que o Amor não pode ser algo superficial, não é assunto para discussões teóricas, mas algo profundo e de demonstração prática. O que? E Como? Isto vai além das aparências, subterfúgios e respostas evasivas, em uma tentativa de substituir os próprios valores, pelos valores de Deus. O amor é a própria essência do Criador, o Deus dos céus e da Terra, o Deus do Amor, o Deus que é Amor.
                        Descia um homem de Jerusalém para Jericó. Aquele homem caiu nas mãos de assaltantes, que lhe roubaram tudo e causaram muitos ferimentos e o deixaram semi - morto. Casualmente descia um SACERDOTE, o Sacerdote representa a suprema autoridade religiosa, ele vendo-o, passou de largo, sua insensibilidade foi tamanha, que não se importou com seu estado. Sua indiferença causada por sua superficialidade, fez com que passasse de longe, a despeito de sua alta posição religiosa. Quando somos tomados pelo mal da superficialidade,  não podemos olhar além de nós mesmos, somos incapazes de nos colocar no lugar do outro e sentir a sua dor. Talvez o sacerdote tivesse muitas coisas para fazer, seu ativismo religioso o impossibilitou de PARAR.
            Passou também o LEVITA, associados ao serviço de Deus, ainda que zelosos no cumprimento da lei, omite o amor de Deus, também passou de largo. Crentes superficiais, que buscam desenfreadamente o TER, sem SER o que Deus quer que sejam. Levitas encarregados no serviço  sagrado, ocupam a plataforma, querem aplausos e reconhecimento, mas na demonstração da essência de Deus, são vazios, opacos e pobres de espíritos. Talvez este sacerdote e o levita, se encaixem  no título de “profissionais do altar”, que poderiam até discutir com grande habilidade a respeito do amor, da compaixão, da misericórdia, mas longe de viver tal dimensão espiritual, são rasos e impossibilitados de ser aquilo que apenas dizem.      
            Jesus nos ensina que o amor não é assunto de discussão teórica, mas de demonstração prática. Havia uma tensão  racial entre os judeus e os samaritanos, eles não interagiam uns com os outros e em alguns casos, existia a hostilidade direta e ódio. A fonte da ajuda não foi um doutor, Sacerdote ou levita, mas um samaritano, uma fonte desprezada. O samaritano poderia também ser o terceiro homem a passar de largo, mas movido de uma íntima compaixão, colocou-se eu seu lugar, vendo- o, atou  suas feridas, aplicou azeite e vinho, o pôs sobre o seu cavalo, levou – o para uma estalagem e cuidou dele. Tirou dinheiro e deu ao hospedeiro e disse: Cuida dele e tudo o que mais gastar eu te pagarei, quando voltar. Quem ama investe no próximo, independente se vai receber algo em troca. Amar é investimento, quando eu amo, eu invisto no objeto do amor. O samaritano passou pelo mesmo caminho que o sacerdote e o levita, e provavelmente estava indo ou voltando do trabalho. Ele não reclamou, nem disse que não tinha tempo, nem fez uma lista de suas ações, para depois cobrar do ferido. Pelo contrário, ele restituiria aquele que  cuidasse dele.
            Sua raça mestiça e sua religião profana, foi elogiada por não teorizar, nem superficializar o amor, e em ir fundo na grande missão de Amar. E a maior demonstração de amor da humanidade, foi a do nosso Senhor Jesus Cristo, que está em João 3.16 “Porque Deus amou o mundo de tal maneira, que deu, seu filho unigênito, para que todo o que nele crê, não pereça, mas tenha vida eterna.” O Amor é bonito, em forma de poesia e versos, mas a autenticidade do amor, está na demonstração prática, consolidada de uns para com os outros, como fez Jesus na Cruz, por nós.

By Lécia Mendonça








Nenhum comentário:

Postar um comentário