Isaías 55.13

"Em lugar de espinhos crescerá o cipreste, em lugar da sarça, crescerá a murta; isso resultará em renome para o Senhor, para sinal eterno, que não será destruído." Is.55.13

sábado, 18 de junho de 2011

A Provação

Na vida,  não estamos isentos de  passarmos por  várias  provações, tais como: desprezo,  escassez, perseguições, doenças, portas fechadas.  Há dois tipos de provações: as provações externas e as internas. Quando passamos pelas provações na esfera externa, temos a tendência de buscarmos a Deus e clamarmos por socorro através de jejuns, orações, vigílias, então corremos para Deus. Nos humilhamos diante  das provas, a fim de nos vermos  livres dela.  A provação de Jó  o levou a uma circunstância tragicamente desconfortante, ele perdeu filhos e toda a sua riqueza, para reconhecer sua impotência diante de sua vida solapada pelas adversidades.  Este tipo de  prova vem  subtraindo tudo o que possuímos na dimensão externa de nossa existência, deixando-nos debilitados a ponto de não termos outra saída: buscarmos a Deus. Esta provação é chamada de "provação circunstâncial".  Quando passamos pelo caminho da prova externa, dependemos mais de Deus e a fragilidade é visível diante dos sofrimentos. Mas há um outro tipo de provação e a bíblia diz que: "O crisol é para a prata, e o forno para o ouro, mas o homem é provado pelos louvores que recebe." (Pv 27.21)  Acredito, esta ser a maior provação do ser humano: o louvor recebido por alguma realização de sucesso. Neste instante acontece a provação interna e ela mexe com quem somos por dentro, nossos valores, competências e habilidades, ela toca as fontes da vida: o nosso coração. Quando somos elogiados, pensamos não termos limitações e nos vemos como semi-deuses. Esperamos reconhecimentos e queremos ser colocados em um pedestal a fim de sermos vistos e aplaudidos.  A grande prova do ser humano não é a desventura, mas uma vida de sucesso projetada com  elogios viciadores, que enaltece o homem pó, nada mais que pó. Quando somos elogiados, precisamos correr imediatamente para Deus e a dependermos mais dele, a fim de não  abrigarmos o louvor a nós oferecido no coração e a pensarmos sobre nós além do que realmente somos. Este é o fio de prata da  vida: a provação através do  louvor.  O louvores feitos a nós e recebidos, nos enganam e nos deixam embebecidos diante do glamour do sucesso, então nos tornamos recebedores daquilo que não nascemos jamais para obter. Seremos reprovados na "prova interna"  se nos afastarmos da dependência de Deus, e longe da segurança do Senhor Jesus,  seremos acometidos da síndrome de Lucífer, da auto-suficiência e do orgulho. Sem a dependência de Deus,  não teremos equilíbrio interior, então o orgulho crescerá, dando lugar a altivez, que uma vez erguida e estabelecida em nosso coração, precederá a queda.


Lécia Mendonça

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Pastores Infiéis

Há alguns dias atrás, postei um texto com o título: "A Igreja de Hoje", que fala a respeito de vários tipos de membros existentes nas igrejas. Refletindo um pouco mais a respeito do assunto, percebi que seria oportuno escrever o outro lado da história, ou seja, sobre os pastores da igreja de hoje.   Este é um assunto preocupante e abordá-lo é de extrema responsabilidade,  pois esta é também minha missão; Pastorear. Acredito na alta missão de homens e mulheres pastorearem o rebanho de Deus, "não por constrangimento, mas espontâneamente, como Deus quer; nem por sórdida ganância, mas de boa vontade; nem como dominadores dos que vos foram confiados, antes tornando-vos modelos do rebanho". (1Pe 5.1 a 4) "Atendei por vós e por todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos, para pastoreardes a igreja de Deus, a qual ele comprou com o seu próprio sangue. (Atos 20.28) A igreja é de Deus, as ovelhas são de Deus, por isso devemos buscá-lo constantemente, a fim de entender qual seja a sua vontade, para executar sua obra. Existem alguns tipos de pastores e a bíblia diz que: "Os seus atalaias são cegos, nada sabem; todos são cães mudos, não podem ladrar; sonhadores preguiçosos, gostam de dormir. Tais cães são gulosos, nunca  se fartam; são pastores que nada compreendem, e todos se tornam para o seu caminho, cada um para a sua ganância, todos sem exceção". (Is.56.11)  É preciso uma maior compreensão  na sublime missão de apascentar o rebanho que nos foi confiado. Deus pedirá contas, do cuidado que devemos ter com as ovelhas que são dele. A mentalidade capitalista, faz com que líderes hoje se voltem apenas para o enriquecimento ilícito, invés de doar-se em favor do rebanho. "Porque os pastores se tornaram estúpidos e não buscaram ao Senhor; por isso não prosperaram, e todos os seus  rebanhos se acham dispersos".  (Jr.10.21) Somos chamados para congregar as ovelhas e não dispersá-las, trazê-las para a inclusão ministerial, a fim de se tornarem úteis para o reino de Deus. Incentivando-as a crescerem, através do discípulado sério e regular, da admoestação e da disciplina com amor. "Ai dos pastores que destroem e dispersam as ovelhas do meu pasto! diz o Senhor. Vós dispersastes as minhas ovelhas e as afugentastes e delas não cuidastes; mas eu cuidarei em vos castigar a maldade de vossas ações, diz o Senhor." (Jr. 23.1,2) Diz o Senhor: "O meu povo tem sido ovelhas perdidas; seus pastores as fizeram errar e as deixaram desviar para os montes; do monte passaram ao outeiro, esqueceram-se do seu redil."  (Jr. 50.6) Este é o tempo do despertamento dos pastores que apascentam o rebanho de Deus, no desempenho do serviço sagrado. A sentença contra os os pastores infiéis será executada pelo Senhor, o Dono das ovelhas. A bíblia diz: "Veio a mim a palavra do Senhor, dizendo: Filho do homem, profetiza contra os pastores de Israel; profetiza e dize-lhes: Assim diz o Senhor Deus: Ai  dos pastores de Israel que se apascentam a si mesmos! Não apascentarão os pastores as ovelhas! Comeis a gordura, vesti-vos da lã e degolais o cevado; mas não apascentais as ovelhas. A fraca não fortalecestes, a doente não curastes, a quebrada não ligastes, a desgarrada não tornastes a trazer e a perdida não buscastes: mas dominais sobre elas com rigor e dureza. Assim  se espalharam, por não haver pastor, e se tornaram pasto para todas as feras do campo. As minhas ovelhas andam desgarradas por todos os montes e por todo elevado outeiro; as minhas ovelhas andam espalhadas por toda a terra, sem haver quem as procure, ou quem as busque". (Ez.34.1 a 6)  Mas há uma promessa que o próprio Deus diz: "Assim diz o Senhor Deus: Eis que eu estou contra os pastores e deles demandarei as minhas ovelhas;  porei termo no seu pastoreio, e não se apascentarão mais a si mesmos; livrarei as minhas ovelhas da sua boca, para que já não lhes sirvam de pasto". (Ez.34.10) Mas há esperança para a ovelha ferida, a dispersa e a desgarrada. O Senhor diz: "Dar-vos-ei pastores segundo o meu coração, que vos apascentem com conhecimento e com inteligência. Naqueles  dias, quando vos multiplicardes e frutificardes na terra, diz o Senhor."  (Jr. 3.15) Que Deus tenha misericórdia de nós pastores, para que cuidemos de seu rebanho como pastores segundo o seu coração.


Lécia Mendonça

terça-feira, 14 de junho de 2011

Do - ação

"Ora, nós que somos fortes, devemos suportar as debilidades dos fracos, e não agradar-nos a nós mesmos. Portanto cada um de nós agrade ao próximo no que é bom para edificação. Porque também Cristo não se agradou a si mesmo, antes, como está escrito: As injúrias dos que te ultrajavam, caíram sobre mim." (Rm 15.1,2,3)

Jesus nos ensinou que devemos perdoar não apenas sete vezes, mas setenta vezes sete aquele que nos tem ofendido.  Falou que a  medida de amor ao próximo, deve ser a mesma medida do amor próprio. Quando  lavou os pés dos discípulos, com a água e cingido com uma toalha, deu uma lição de amor e humildade. O texto citado acima, somos desafiados a agradarmos ao próximo, e a doarmos a ele sem segundas intenções. Devemos  pacientemente suportarmos as debilidades dos mais fracos, nos doarmos a ele e não agradarmos a nós mesmos. Nós somos carentes de natureza, e gostamos muito de um "mimo", nos sentimos confortavelmente acolhidos e amados, quando recebemos um agrado.  Não há nenhum mal em sentirmos amados, mas não devemos viciarmos em  "paparicos" e elogios exagerados, nos afastando do modelo altruísta de Cristo.  Jesus é o nosso exemplo maior de abnegação e altruísmo, ao ponto de entregar-se em favor de todos nós pecadores. Agradarmos ao próximo e não vivermos uma vida em busca somente de nosso bel prazer é cumprir a lei de Cristo. Jesus não olhou para si mesmo, nem a vergonha que iria passar carregando sua cruz, foi cuspido e ridicularizado diante da morte mais indigna que alguém poderia morrer: a morte de cruz.  Ele não levou em conta o desprezo e a ignomínia, mas entregou-se nas mãos dos pecadores. Jesus se doou, deu o seu tempo em favor dos desesperados, doentes e coxos, com o fim de fazê-los melhor.  O tempo é um dos fatores mais importantes na vida, e doá-lo é uma das maiores provas de amor.


Lécia Mendonça