Isaías 55.13

"Em lugar de espinhos crescerá o cipreste, em lugar da sarça, crescerá a murta; isso resultará em renome para o Senhor, para sinal eterno, que não será destruído." Is.55.13

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Decepção

A decepção acontece quando esperamos o bem de alguém, mas o mal é que bate a porta, quando planejamos algo que não acontece da meneira que programamos.  Os decepcionados não contam com o lado escuro da alma humana, somente com o belo do ser. Nos decepcionamos com os filhos, com esposo, esposa, pais, chefes, pastores, igrejas e amigos. Não podemos fugir dos desencontros e desventuras da vida, pois a vida mesmo se encarrega de nos colocarmos em confronto com  uma realidade jamais desejada. Quem conhece o coração dos homens? Já dizia o velho ditado: "O coração é terra que ninguém pisa", mas somente Deus conhece o nosso coração e entra lá dentro e vasculha nossa interioridade e traz a tona sentimentos e emoções vividos por cada um de nós. A decepão desarticula a ação em relação ao outro e agimos sempre conforme o que pensamos ser o certo. Em meio a lágrimas e noites em claro, pensamos que nunca mais confiaremos tanto assim... Fico pensando quando Jesus ouviu Pedro dizer: "Mestre de maneira nenhuma deixarei que isto aconteça com você, irei contigo onde fores, até mesmo morrerei por ti" e logo depois Pedro o negou por três vezes dizendo: "Não conheço este homem, nunca o vi."  Jesus conhecia a Pedro, mas Pedro tinha que se conhecer. Aquele temperamento impulsivo de Pedro,  teria que passar pelo crivo de Deus. Jesus tinha o tempo oportuno para dar mais uma  chance à Pedro . Jesus sempre espera o melhor de nós, mesmo conhecendo a nossa  humanidade, essa "velha estrutura" que veio do pó. Jesus não desiste de nós, mesmo sabendo que podemos ainda decepcioná-lo em algum momento de nossa vida, e ele sempre vai nos dar uma segunda chance, um novo começo, um novo encontro, como fez com Pedro, depois da ressurreição. Exatamente por três vezes Jesus perguntou a Pedro: Pedro tu me amas? Então cuida das minhas ovelhas. Estas palavras foram cravadas no coração de Pedro e com lágrimas ele disse: "Senhor tu sabes de todas as coisas e sabes que eu te amo." A decepção só existe quando não nos abrimos para dar uma chance a quem nos feriu e quando insistimos em não perdoar quem nos ofendeu.

Palavra que eu recebi de madrugada do dia 16.12.11, depois de um duro confronto.

Lécia Mendonça 

sábado, 3 de setembro de 2011

Um recado de Deus

Imagine você recebendo um aviso de morte. Não um aviso qualquer ou de qualquer um, mas o aviso de Deus, dizendo que dentre "algum tempo" você morreria. O tempo de vida restante poderia ser uma semana ou alguns meses. Como reagiria diante da vida escapando por entre os dedos? Como resolveria os problemas ou não resolveria? Como contaria para sua esposa, esposo e filhos? Pediria perdão a alguém, perdoaria alguma ofensa ou perdoaria aquelas dívidas caducas? O que poderia ser feito em tão pouco tempo ou muito tempo para fazer tão pouco? A bíblia diz que o profeta Isaías, filho de Amós veio ter com Ezequias, com o recado de Deus e lhe disse: "Assim diz o Senhor; Põe em ordem a tua casa, porque morrerás e não viverás." (Is 38.1) Vejo a bondade de Deus embutida neste imperativo divino, pois o Deus que pode dar a vida e tirá-la, dá o "tempo" necessário a Ezequias, para pôr em ordem sua vida, afim de  morrer organizado. Tem muita gente morrendo de qualquer jeito, sem se arrepender, sem se consertar, desalinhado e desorganizado com a vida com Deus e com os outros. Em nossa cultura, não falamos sobre morte de bom grado, pois a morte causa pavor e ninguém sabe como ela chegará, e não lidamos bem com o desconhecido. Mas Deus falou com Ezequias de forma clara e objetiva: "Sua vida está fora de ordem, põe-na em ordem, porque morrerás."  Uma vida desalinhada e fora dos parâmetros de Deus pode ser perigoso para quem precisa rever conceitos e valores diante da morte. Imagine em sua casa, se todas as vezes que procurasse suas escovas de dentes, elas estivessem na geladeira, o óleo de cozinha dentro do guarda-roupas, os temperos no banheiro. Que desordem, que bagunça! Deus sempre vem checar em nós, se estamos vivendo conforme os valores de Deus e Ele mesmo pede-nos conta disto. A nossa casa espiritual não deve ser uma constante desorganização, com emoções desequilibradas, o coração tomado de orgulho e inveja e toda espécie de coisas ruins, tendo ações e reações equivocadas. Mas Ezequias, diante de tal aviso "virou o rosto para a parede, e orou ao Senhor." (Is 38.2) A parede foi para Ezequias sua confidente, mesmo fria e sem voz de consolo, ele se voltou para ela, em copiosas lágrimas,  orou e buscou quem deu a ele o verédito.  Ezequias foi direto à Fonte da Vida, e ousadamente disse: "Lembra-te, Senhor, peço-te, de que andei diante de Ti com fidelidade, com inteireza de coração e fiz o que era reto aos teus olhos e chorou muitíssimo." (Is.38.3) A coragem de Ezequias em se apresentar diante de Deus, mesmo com suas limitações, atraiu a atenção do grande Juiz, para ser julgado por Ele. "Então veio a palavra do Senhor a Isaías, dizendo: Vai e dize a Ezequias: Assim diz o Senhor, o Deus de Davi teu pai: Ouvi a tua oração e vi as tuas lágrimas; acrescentarei, pois aos seus dias quinze anos. Livrar-tei das mãos do rei da Assíria, a ti e a esta cidade, e defenderei esta cidade. Ser-te-á isto da parte do Senhor como sinal de que ele cumprirá esta palavra que falou: Eis que farei retroceder dez graus a sombra lançada pelo sol declinante no relógio de Acaz. Assim retrocedeu o sol os dez graus que já havia declinado." (Is. 38. 4 a 8). Deus nunca muda, mas altera planos na vida de quem com  coração arrependido e contrito o busca  e com olhos compungidos se coloca diante dele pedindo socorro.


Lécia Mendonça

sábado, 6 de agosto de 2011

Pedras

Quem nunca levou uma pedrada na vida!  Não estamos isentos de levarmos pedradas na medida em que caminhamos na vida cristã. Existem pedras de vários tamanhos e muitas vezes elas são arremessadas contra nós violentamente,  pedras grandes e pequenas. A Bíblia fala de algumas pedras, e podemos tirar lições preciosas a respeito de cada uma delas. Quando Jesus foi levado pelo espírito ao deserto para ser tentado pelo diabo, uma de suas tentações, foi para que Jesus transformasse "pedras" em pães. Satanás usou ali as pedras do deserto para que Jesus usasse o seu poder para matar a sua fome. Jesus declarou que devemos ter fé em Deus, e disse que nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus. E Ele disse: "Se um filho pedir pão lhe dará pedras". Pedras não tem sabor e não mata a fome de ninguém, e dependendo da força que é lançada, pode até matar. A mulher adúltera foi apanhada em flagrante adultério e disseram a Jesus, com intenção de tentá-lo: "Na lei nos mandou Moisés que tais mulheres sejam apedrejadas". As pedras eram verdadeiras armas de guerra, para a condenação de quem praticasse tal ato. Paulo foi apedrejado por pregar o evangelho de Jesus Cristo, a ponto de o considerarem como morto.  Estevão, homem de Deus, fiel e separado para o Reino de Deus, falou dos mistérios de Deus e os religiosos o ouvindo, muito se enfureceram em seus corações por causa de suas palavras e rilhavam os dentes contra ele. Mas Estevão cheio do Espírito Santo fitou os olhos no céu e viu a Glória de Deus e Jesus que estava à sua direita, e disse: Eis que vejo os céus abertos e o Filho do homem em pé a destra de Deus. E apedrejavam a Estevão que invocava e dizia: Senhor Jesus recebe o meu espírito! Então, ajoelhando-se clamou em alta voz: Senhor, não lhes imputes este pecado. Com estas palavras adormeceu. (Atos 7.54 a 60)  E ele no momento de sua morte, viu os céus abertos e Jesus de pé, para o defender. Ele se põe de pé, quando um servo  é apedrejado. Mas existem pedras que são usadas  para dar vitória ao povo de Deus. O corajoso Davi, apanhou do ribeiro cinco pedras lisas e enfrentou  Golias, o filisteu e  com apenas uma pedra derrubou o filisteu, uma pedra foi o suficiente para derrubá-lo e cortou-lhe a cabeça. Deus se utilizou de uma simples pedra para dar a vitória ao seu povo diante de seu inimigo. E a bíblia diz: "E Josué escreveu estas palavras no livro da lei de Deus; tomou uma grande pedra, e a erigiu ali debaixo do carvalho, que estava em lugar santo ao Senhor. Disse Josué a todo o povo: Eis que esta pedra nos será testemunha, pois ouviu todas as palavras que o Senhor nos tem dito; portanto será testemunha contra vós outros para que não mintais a vosso Deus". (Josué 24.26,27) Sejam as pedras, utilizadas para nos dar vitória ou serem armas de guerra contra nós, levantemos pois, um altar de adoração a Deus com elas e demos a Ele a glória e o louvor que lhe é devido.

Lécia Mendonça

terça-feira, 2 de agosto de 2011

José

Esta é a história emocionante de um jovem sonhador, chamado José, que foi levado ao mais alto nível de vida com Deus, mas precisou descer na masmorra fria e fétida do Egito. Ele foi incompreendido pelos seus irmãos e invejado por causa da bênção de Deus em sua vida. Seus irmãos intentaram contra a sua vida, por isso o venderam como um escravo e o lançaram em uma cisterna. Ele gritou do fundo da cisterna e seu grito ecoou pelas terras de Canaã, mas seus irmãos fingiram-se de surdos e ignoraram seu pedido de socorro. Em meio ao seu abandono e sofrimento, passava por ali uma caravana de mercadores, que pararam e se interessaram na “mercadoria” humana. A caravana foi o veículo que Deus usou para transportar José para o lugar de sua honra. Quando estiver passando pelo vale de aflições, Deus vai mandar o transporte para o lugar da sua vitória. Deus tem as “caravanas do livramento” para que ao invés da vergonha tenha dupla honra. Isto não é uma utopia,  é real o escape diante da dor e do sofrimento. Há sempre uma saída para os escolhidos de Deus.  José foi levado para o Egito, mas  não se tornou "José do Egito", a sua aliança com o Deus de seu pai Jacó, fez com que ele não abrisse mão de sua vida consagrada. Quanto mais baixo ele descia, mais fiel se tornara ao Senhor. De masmorra em masmorra, a bênção da abundância de Deus fluía sobre sua vida. Ele era próspero e abundante em tudo que fazia, porque Deus era com ele. Ele foi assediado e caluniado pela esposa de Potifar, por isso foi lançado em prisões e colocaram ferros em seus pés. Quando chegou na masmorra, sua liderança espiritual foi demonstrada perante os prisioneiros e a bênção de Deus o colocou em uma posição de destaque.  A bíblia diz que José interpretava sonhos e quando interpretou os sonhos do padeiro-mor e do copeiro-mor na prisão, aconteceu exatamente como disse. O padeiro-mor foi enforcado e o copeiro-mor foi reestabelecido em sua função diante de faraó. Passados dois anos inteiros, o copeiro não se lembrou de José, antes, se esqueceu dele, mas Deus não havia se esquecido de José em seu sofrimento. Faraó teve um sonho e ninguém foi capaz de interpretá-lo e Deus em sua infinita bondade e misericórdia fez com que o copeiro-mor se lembrasse de José e dissesse a Faraó, que havia conhecido um jovem hebreu que fora capaz de interpretar os seus sonhos na prisão. Faraó mandou chamar a José e o fez sair da cova; e barbeou-se, e mudou as suas vestes, então veio José até Faraó e  interpretou o seu sonho. E disse Faraó: “Acharíamos um varão como este, em que haja o Espírito de Deus. E disse a José: Pois que Deus te fez saber tudo isto, ninguém há tão inteligente e sábio como tu”. Deus honra a José, colocando um anel em seu dedo e o vestindo de linho fino e pôs um colar em seu pescoço e disse: “Tu estarás sobre a minha casa, e por tua boca se governará todo o meu povo; somente no trono eu serei maior que tu”. A vida de José é um exemplo, à todos que descem às covas profundas e vales de aflição nas estradas da vida. José confiou em Deus e em sua promessa e não desistiu de esperar Nele, e certo de que os sonhos de Deus são maiores que seus sonhos. Não guardou em seu coração a mágoa e o rancor por aqueles que queriam o seu mal, mas José disse aos seus irmãos: “Não temais; porque, porventura, estou eu em lugar de Deus! Vós intentastes mal contra mim, porém Deus o tornou em bem, para fazer como se vê neste dia, para conservar em vida a um povo grande. Agora, pois, não temais; eu vos sustentarei a vós e a vossos meninos. Assim, os consolou e falou ao coração deles”. (Gn 50.19,20,21) Deus é Fiel!

Lécia Mendonça

terça-feira, 19 de julho de 2011

O Silêncio de Deus

Abster-se de falar é um mecanismo revelador de Deus. O seu silêncio fala-nos a respeito de sua soberania e onipotência. Viver  sobre a  ausência das palavras divinas é confrontador e revela os sentimentos mais íntimos do coração humano. É como ter o pão e não poder fartar-se, ter vestimentas e sentir-se nu.  O silêncio de Deus é precioso  para descobrirmos o real sentido de caminhar comprometidos com Ele. No silêncio, os nossos olhos se voltam para os montes de dúvidas e questionamentos, surge então a pergunta: "De onde vem o meu socorro!" Quando a perplexidade bate à porta e não há palavras, tentamos procurar respostas para nós mesmos, àquelas que gostamos de ouvir. Quando Deus se cala, ele trabalha através da calma de suas ações, na serenidade de seu trono e na força de seu Poder, como diz o salmista: "Pelo mar foi o teu caminho, as tuas veredas pelas grandes águas, e não se descobrem os teus vestígios." (Sl 77.19) O silêncio de Deus é como o oceano sem ondas, como estar no deserto e o sol escaldante. As ações de Deus acontecem mesmo que ninguém a perceba e no seu silêncio, as dúvidas querem tomar o lugar da convicção de quem somos e de quem é Deus. Somos provados pelo teste do tempo e do silêncio e mesmo sem respostas imediatas, somos levados a ter uma compreensão maior de Deus e o seu trabalho sútil. Deus não vai tirar o seu olhar de nós, para que possamos perceber, que em meio a efémera condição humana, suportar o seu silêncio é o grande teste da caminhada cristã, para conhecermos a Deus e sermos conhecidos por Ele. Deus não permanecerá calado mais do que o necessário, até que vejamos com os próprios olhos, o que nos tornamos a medida em que "crescemos". O amadurecimento espiritual é medido através do silêncio divino e na disposição em ouvir tudo o que ele tem a dizer, apenas com seu coração.

Lécia Mendonça

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Pai Nosso

O Pai é o Genitor, Gerador, Protetor, Fundador e Autor. Pai é a manifestação mais sublime da natureza de Deus. É também denominado de El Shaday, o Deus auto-suficiente, eternamente capaz de ser tudo o que o seu povo precisa. Ele é Pai, não só meu, nem só seu, é o Pai nosso! A Bíblia diz: "Deus é bom para todos e faz vir sua chuva sobre maus e bons."  O modelo da prece que Jesus nos ensinou deve ser vivenciado no cotidiano de todos aqueles que crêem. O Pai está no céu, o lugar da sua habitação, uma dimensão onde não existe pecado. Santificado seja o teu nome, estabelece a adoração mais íntima a Deus. Venha o teu Reino, é a súplica que do que clama, para que seu governo sagrado seja estabelecido na terra. Seja feita a tua vontade tanto na terra, como no céu. A vontade do Senhor e não a dos homens será feita na face da terra. O Pão nosso de cada dia dá-nos hoje. Deus é o provedor de todas as nossas necessidades diárias. Basta a cada dia o seu mal. Perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores. O Perdão de Deus é o acesso a verdadeira vida, sem cravos e espinhos, nos tornando aptos para perdoar também. Não nos deixe cair em tentação, mas livra-nos do mal é o clamor por uma proteção constante em um mundo mal e sem amor. Tudo é do Pai, o Reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém!

Lécia Mendonça

segunda-feira, 4 de julho de 2011

O Trabalho de Deus tem Recompensa!

 Trabalho é a execução de uma tarefa, uma aplicação da atividade física, intelectual ou espiritual em um determinado serviço. Todo trabalho para Deus tem recompensa e trabalhar para Ele, é mais do que ser fichado em uma grande empresa, ter um chefe cobrando resultados, e  no fim do mês receber o suado salário. Quando somos chamados para a obra de Deus não pensamos em receber nada em troca, e longe de fazer barganha com Deus. Mas a bíblia diz que: "Devem ser considerados merecedores de dobrados honorários os presbíteros que presidem bem, com especialidade os que se afadigam na palavra e no ensino. Pois a Escritura declara: Não amordaces o boi, quando pisa o grão. E ainda: O trabalhador é digno do seu salário." (1 Tm 5.17, 18) Há muito tempo ouvi alguém dizer que Deus não fica devendo nada a ninguém, e não fica mesmo!  Obreiros incansáveis pregam a palavra de Deus pura, andam de casa em casa, comem arroz e feijão, evangelizam  e ainda tem  "tempo" necessário para discipular pessoas para o Reino de Deus separam tempo para orar e buscam direção para falar.  A Bíblia diz: "Deus é o galardoador dos que o buscam". (Hb 11.6)  Deus é o recompensador generoso para retribuir aqueles que com um coração sincero servem a Ele. Líderes religiosos, com uma psêudo-espiritualidade, fazem parte de um sistema religioso falido,  que distorcem a palavra de Deus e oprimem obreiros a fazerem somente o que querem que eles façam.  Não permitindo que tais homens e mulheres de Deus  expressem suas convicções, vivendo sob o julgo de homens ditadores e manipuladores da fé.  Não devemos esperar a recompensa da parte dos homens, pois os homens são desprovidos das riquezas celestiais. A bíblia diz que Deus é o dono do ouro e da prata, e é poderoso para suprir todas as necessidades e Ele está assentado em um alto e sublime trono e onde o trono de Deus habita não há crises! Paulo teve uma grande compreensão de seu trabalho para Deus e não para o homem, e queria agradar a Deus, então ele disse: "Porventura procuro eu agora o favor dos homens, ou o de Deus? ou procuro agradar a homens? Se agradasse ainda a homens, não seria servo de Cristo." (Gl.1.10) Paulo não hesitou, e foi contundente em defender o seu trabalho para  Deus e o  desejo em agradá-lo. Em Isaías foi profetizado a respeito do Messias: "Ele verá o fruto do penoso trabalho de sua alma, e ficará satisfeito; o meu servo, o Justo, com o seu conhecimento, justificará a muitos porque as iniquidades deles levará sobre si." (Is 53.11) Jesus trabalhou em prol do Reino de seu Pai e exaltou o trabalho divino: "Meu Pai trabalha até agora e eu trabalho também" (João 5.17) O trabalho de Deus, deve ser feito com  consciência pura,  pois nem o que planta, nem o que rega é alguma coisa, mas Deus que dá a recompensa. "Ora o que planta e o que rega são um; e cada um receberá o seu galardão, segundo o seu trabalho." (1Co 3,7,8) A defesa de Paulo relatada em 1 Coríntios 9.1  é também a defesa de muitos obreiros que estão nos campos, passando por necessidades financeiras e emocionais, vivendo apenas com o "básico" para dignamente manterem suas famílias e cumprirem seus compromissos, tendo então de buscarem outros meios  para não serem pesados a ninguém. Não recebendo palavras de ânimo e encorajamento a não desistirem, em meio a adversidades, problemas e perseguições.  Paulo sentiu na pele quando disse: "Não temos nós o direito de comer e beber?" O apóstolo Paulo se coloca como aquele que tem necessidades como qualquer outro que faz a obra de Deus  e  tem o direito de viver uma vida "normal", comendo, bebendo e descansando etc.  E disse mais: "Ou somente  eu e Barnabé não temos direito de deixar de trabalhar? Quem jamais vai a guerra à sua própria custa? Quem planta  a vinha e não come do seu fruto? Ou quem apascenta um rebanho e não se alimenta do leite do rebanho? Porventura falo isto como homem, ou não o diz também a lei? Porque na lei de Moisés está escrito: Não atarás a boca ao boi que debulha. Acaso é de bois que Deus se preocupa? Ou é seguramente por nós que ele o diz? Certo que é por nós que está escrito; pois o que lavra, cumpre fazê-lo com esperança; o que debulha faça-o na esperança de receber a parte que lhe é devida. Se nós vos semeamos as coisas espirituais, será muito recolhermos de vós bens materiais. Se outros participam desse direito sobre vós, não o temos nós em maior medida. Entretanto não usamos desse direito; antes suportamos tudo, para não criarmos qualquer obstáculo ao evangelho de Cristo. Não sabeis vós que os prestam serviços sagrados, do próprio templo se alimentam? E quem serve ao altar, do altar tira o seu sustento? Assim ordenou também o Senhor aos que pregam o evangelho, que vivam do evangelho; eu porém, não me tenho servido de nenhuma destas coisas e não escrevo isto para que  assim se faça comigo; porque melhor me fora morrer antes que alguém me anule esta glória".  (1Co 9.1 a 15) O texto citado é a Palavra de Deus,  a própria verdade. E está escrito: " a Palavra de Deus é viva e eficaz e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes e apta para discernir os intentos do coração, e faz separação entre alma e espírito, juntas e medulas". (Hb 4.12) Mas graças a Deus, porque existem obreiros que trabalham para Deus, e o Senhor, o Dono da Seara, se encarrega de suprir todas as  necessidades de cada um.  E o Livro da Vida diz:  " Portanto, meus amados irmãos, sede firmes, inabaláveis e sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o vosso trabalho não é vão." (1Co 15.58)



Lécia Mendonça